A miopia tem se tornado cada vez mais comum dentre os problemas oftalmológicos. O crescimento da população míope pode estar relacionado ao estilo de vida das crianças. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o problema atinge cerca de 1 bilhão de pessoas no mundo e estima-se que até 2050 metade da população sofrerá com essa condição. No Brasil, até 2020, o índice deve aumentar de 27 para 50,7%.
Considerada a terceira principal causa de cegueira, a miopia é caracterizada pela dificuldade de enxergar de longe. O principal fator que influencia o aparecimento do problema é a hereditariedade. Porém, pode estar associado também ao uso demasiado de smartphones, tablets e computadores.
De acordo com a Dra. Núbia Lima, oftalmologista do CBV – Hospital de Olhos, a miopia é uma doença genética, mas há também outro fator que pode desencadeá-la: “O uso exagerado dos aparelhos eletrônicos pode agravar o problema, por isso, o aumento do número de pessoas míopes.” relata.
Normalmente, a miopia se manifesta na infância ou na adolescência. Por essa razão, é necessário tomar alguns cuidados, entre eles: limitar o uso dos aparelhos eletrônicos (principalmente antes de dormir), estimular brincadeiras ao ar livre e evitar televisão no quarto. Outra maneira mais efetiva de prevenir e controlar possíveis problemas oculares é ir ao oftalmologista com frequência.
A visão da pessoa míope é desfocada, com isso, ao fazer esforço para enxergar melhor, as dores de cabeça podem ser constantes. Além disso, o problema pode trazer – a longo prazo – descolamento de retina e degeneração macular, que pode levar à cegueira.
Ainda segundo a Dra. Núbia Lima, é necessário que, ao longo do dia, sejam realizados exercícios para os olhos: “Para cada hora trabalhada com computador ou demais aparelhos eletrônicos, é fundamental descansar a vista. O ideal é dar uma pausa no trabalho e olhar para longe, durante alguns minutos. Além disso, as atividades outdoors são importantes tanto para as crianças quanto para os adultos.” destaca.
Na maioria dos casos, o problema é resolvido mediante o uso de óculos ou lentes de contato. Mas, para quem deseja conquistar a independência desse itens, há a opção de realizar a cirurgia refrativa – desde que faça o acompanhamento com o médico oftalmologista, que irá avaliar e diagnosticar a necessidade de correção visual.