Tabus da fertilidade feminina para descontruir antes dos 30 anos

A médica ginecologista e obstetra, especialista em Reprodução Humana, Dra. Melissa Cavagnolielenca cinco tabus para você descontruir antes de completar 30 anos


Por Redacao 019 Agora
Tabus da fertilidade feminina para descontruir antes dos 30 anos

A fertilidade feminina é rodeada de tabus, que se iniciam ainda na adolescência, quando as meninas entram na puberdade e passam pela primeira menstruação. A partir daí, os paradigmas acompanham as mulheres durante todo seu período fértil e mesmo após a menopausa.

Não importa qual fase da vida, sempre terá um dilema relacionado à fertilidade que perturba o dia a dia feminino. Por isso, é importante falar sobre o tema e esclarecer o que é verdade em cada momento. A médica ginecologista e obstetra, especialista em Reprodução Humana, Dra.Melissa Cavagnolielenca cinco tabus para você descontruir antes de completar 30 anos.

  1. A menstruação não é algo para se envergonhar

Muitas pesquisas apontam que as meninas (e mulheres adultas) sentem vergonha de falar sobre menstruação. Infelizmente, alguns motivos desse constrangimento é a falta de conhecimento sobre o que é este sangramento e a falsa ideia de que pode remeter à sujeira. Além disso, existe uma série de preconceitos relacionados ao período pré-menstrual, que taxam as mulheres de estressadas e mau humoradas, se tornando até motivo de piadas.

“A menstruação ocorre todos os meses em mulheres em idade reprodutiva. Ela é a descamação das paredes internas do útero, pois o corpo se prepara para a gravidez todos os meses e, quando não há fecundação, o endométrio se desprende e é expelido, por meio do sangramento que conhecemos como menstruação”, explica a especialista.

É importante destacar ainda que a menstruação não é suja e faz parte da vida de todas as mulheres, por isso, não há motivo para se envergonhar. Uma maneira de descontruir esse preconceito é falar sobre o tema desde a adolescência, ensinando suas filhas e compartilhando angústias ou medos com as amigas.

  1. Fertilidade não está ligada à feminilidade

Se engana quem estereotipa o perfil de mulher que é ou não fértil. Poder gerar filhos não está ligado a vontade de ser mãe, a posição social, a profissão ou até mesmo a opção sexual.

“A fertilidade está diretamente relacionada a capacidade do organismo de ter óvulos saudáveis, o que está muito relacionado à idade, e a um aparelho reprodutor que seja um bom abrigo para o desenvolvimento do feto”, explica Dra. Melissa Cavagnoli. A médica acrescenta que há muitas mulheres que precisam de intervenções médicas. Nem sempre o processo natural é a realidade de todas.

Terapias hormonais e procedimentos realizados in vitro, por exemplo, podem ser recursos necessários para um grupo de pacientes. A medicina reprodutiva está cada vez mais avançada, há muitos recursos que são aprovados e outros tantos em estudos, mas mesmo com todos essas possibilidades disponíveis, é possível que a gravidez não vingue. “O que costumo falar sempre para as minhas pacientes é: ser fértil não te faz mulher. Você é mulher independente da capacidade do seu organismo de conseguir reproduzir outras vidas”.

  1. Como viver a sexualidade é uma escolha da mulher

A sexualidade feminina é marcada por preconceitos e polêmicas. Ao contrário dos homens, que possuem uma liberdade para viver o prazer, as mulheres convivem com o pudor e julgamentos quando escolhem serem livres.

“O fato de uma mulher sair com homens diferentes ao longo da sua vida não pode ser atrelado a um comportamento promíscuo, assim como não é para os homens. As mulheres precisam ter os mesmos direitos de experimentar e tentar relacionamentos novos, até que se sintam confortáveis em montar sua própria família.”

Outro ponto a ser destacado neste tema é a mulher ser vista como a única responsável pela contracepção, quando, na verdade, deveria ser compartilhado com o parceiro, por exemplo, o uso da camisinha. “É essencial dividir essa responsabilidade e falar sobre o assunto, pois o uso de anticoncepcional feminino sempre deve ser uma opção discutida entre a mulher e seu ginecologista de confiança, não podendo estar atrelado unicamente à obrigatoriedade de contracepção no relacionamento”, explica a médica.

  1. Nem toda mulher nasceu para ser mãe

Existe um falso entendimento de que todas as mulheres nasceram para serem mães, porém, esta é uma decisão que deve ser individual. Trazer uma criança ao mundo envolve diversos fatores desde a disponibilidade de tempo para se dedicar ao filho até condições financeiras e emocionais para criá-lo de maneira saudável. Por isso, a maternidade deve ser parte de um planejamento familiar e uma escolha sobre a melhor hora para a engravidar.

“Apesar da fertilidade feminina diminuir muito após os 30 anos, com a queda da quantidade e qualidade dos óvulos, hoje em dia, temos opções para a preservar gametas saudáveis com o congelamento, pensando em uma futura gravidez”, destaca.

A criopreservação é um recurso que mantém os óvulos saudáveis independentemente da idade em que a mulher irá utilizá-los, por isso, é indicado que o procedimento seja realizado entre os 20 e 35 anos, quando a saúde fértil da mulher está no auge. Ao realizar o congelamento, é possível planejar a gravidez no futuro em um momento mais oportuno para mulher, que terá tempo para planejar cada passo de sua vida.

O site do programa Gravidez na Minha Hora (www.gravideznaminhahora.com.br), desenvolvido pela Ferring Pharmaceuticals, tem o objetivo de conscientizar as mulheres sobre sua fertilidade e reúne mais detalhes sobre o tema.

  1. A menopausa não te faz menos mulher

Outro tabu importante acerca da fertilidade feminina é a menopausa. Ao se aproximar da idade de entrada ao climatério, as mulheres tendem a ter medo do que as esperam. Não apenas os sintomas físicos, como calor em excesso, irritabilidade e desaceleração do metabolismo, assustam, mas também a falsa ideia de que a mulher perde a capacidade de sentir prazer.

A especialista explica que a queda dos hormônios reprodutivos é a causa da menopausa. “Trata-se de um processo normal que acontece com todas as mulheres, normalmente, após os 40 anos de idade. Isso não significa que a mulher perderá sua libido para sempre, mas sim que não terá mais a possibilidade de engravidar com seus próprios óvulos, pois seu estoque de óvulos terminou”.

Sobre o Gravidez na Minha Hora

O Gravidez na Minha Hora é um programa desenvolvido pela Ferring Pharmaceuticals. O objetivo da campanha online é conscientizar as mulheres sobre a sua fertilidade, desmistificar os tabus em relação à saúde da mulher e as possibilidades de preservação dos óvulos, para o planejamento do momento ideal da gravidez. Para conhecer mais sobre o projeto, visite os canais: site www.gravideznaminhahora.com.br e as redes sociais Gravidez na Minha Hora no Facebook e Instagram.



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