23 de novembro de 2024

Ozonioterapia é apresentada como opção para Síndrome da Desarmonia Corporal


Por Dino Publicado 04/07/2022 Atualizado 05/07/2022
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A ozonioterapia, forma de medicina alternativa que busca aumentar a quantidade de oxigênio no corpo introduzindo ozônio, foi apresentada no 14º CCISE (Congresso Científico Internacional de Saúde Estética) como uma alternativa para o tratamento da Síndrome da Desarmonia Corporal. O evento integrou a Feira Estética In Rio 2021, que foi realizada no Centro de Convenções SulAmérica – Rio de Janeiro, entre os dias 30 de outubro e 1º de novembro do último ano.

Segundo o Dr. Rafael Ferreira, farmacêutico especializado em estética, cirurgião dentista e CEO do IRF (Instituto Rafael Ferreira), a palestra “Ozonioterapia e suas associações inteligentes: Protocolo para adiposidade localizada e FEG” ocorreu em um contexto em que a obesidade é considerada uma das pandemias da sociedade moderna.

“A população mundial está ficando cada vez mais obesa. O acúmulo de gordura localizada, a celulite e a flacidez se tornam cada vez mais incidentes e a combinação entre estas irregularidades é chamada de síndrome de desarmonia corporal”, observa Ferreira.

Em sua palestra durante o congresso, o CEO do IRF apresentou como a ozonioterapia pode ser eficaz para tratar desordens e a Síndrome da Desarmonia Corporal, propondo uma padronização de técnica de atendimento clínico. Na ocasião, o farmacêutico especializado em estética divulgou e registrou seus resultados no livro científico do evento.

“A ozonioterapia vem se mostrando como uma terapêutica eficaz no tratamento da gordura localizada, no tratamento da celulite e também para o tratamento da flacidez”, afirma Ferreira. Reconhecida como terapia integrativa e complementar pelo Ministério da Saúde e oferecida à população pelo SUS (Sistema Único de Saúde) desde março de 2018, a ozonioterapia tem sua regulamentação discutida no Congresso federal desde 2017.

Alguns conselhos de profissionais da saúde, como o de enfermagem (parecer normativo 001/2020) e o de farmácia (resolução CFF 695/20) já reconheceram a ozonioterapia como abordagem clínica para seus inscritos, os conselhos de biomedicina, fisioterapia e biologia também editaram normas sobre o tema e sua regularidade. Além dos SUS, a modalidade é oferecida por diversas clínicas privadas no país.

De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), a obesidade é considerada uma doença crônica que consiste no excesso de gordura corporal, em quantidade que determine prejuízos à saúde. Um indivíduo é considerado obeso quando seu IMC é maior ou igual a 30 kg/m2 e a faixa de peso normal varia entre 18,5 e 24,9 kg/m2, conforme informações da agência especializada em saúde.

A SBCBM (Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica) emitiu um alerta para o fato de que pacientes que convivem com problemas relacionados à obesidade sofreram um agravamento das doenças em 2021. Segundo a entidade, as pessoas com indicação cirúrgica que apresentavam IMC (Índice de Massa Corporal) até 35 antes da pandemia de Covid-19 estão chegando aos consultórios e ambulatórios com IMC acima de 40. 

Aliás, dados apontam que a obesidade aumentou no Brasil ao longo da crise sanitária. A taxa de obesidade ficou em 22,35% no país no último ano, enquanto o percentual era de 21,55% no ano precedente, segundo indicativos da pesquisa “Vigitel 2021”, realizada pelo Ministério da Saúde. O balanço mapeia informações de saúde a partir de entrevista telefônica com pessoas de capitais de todos os estados.

Em 2019, o percentual de indivíduos obesos entre os entrevistados era de 20,27%. Em 2021, a condição de obesidade foi maior entre mulheres (22,6%) do que em homens (22%). Ainda segundo o levantamento, a doença afetou indivíduos nas faixas de 35 a 44 anos (25,5%), 45 a 54 anos (26,24%) e de 55 a 64 anos (26,22%).

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