03 de dezembro de 2024

Aulas de psicomotricidade estimulam desenvolvimento de bebês na academia

Lançando mão de habilidades básicas e estímulos táteis, visuais e olfativos, sessões promovem evolução física, mental e afetiva dos pequenos, a partir dos seis meses de idade


Por Dino Publicado 31/10/2022 Atualizado 01/11/2022
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Academia é lugar de bebê? Graças às aulas de psicomotricidade, sim. O termo, que pode parecer complexo à primeira vista, se refere ao estudo dos aspectos emocionais, cognitivos e motores nas mais diversas fases da vida. Na prática, ele contribui para o desenvolvimento motor para as crianças – e representa uma chance de convívio social para os pais.

As sessões se encaixam na modalidade de ginástica, mas não é preciso ter medo. Elas são seguras e foram especialmente desenhadas para a estimulação psicomotora dos bebês. Para fazer isso, são utilizadas habilidades básicas como subir, descer, rolar, saltar, equilibrar-se e rastejar, além de estímulos táteis, visuais e olfativos.  

Elas promovem o desenvolvimento físico, mental e afetivo dos pequenos, trazendo muitos ganhos na aprendizagem e ampliando a experiência individual de cada bebê.

Psicomotricidade, portanto, é um termo empregado para uma concepção de movimento organizado e integrado, em função das experiências vividas pelo sujeito cuja ação é resultante de sua individualidade, sua linguagem e sua socialização.” (Associação Brasileira de Psicomotricidade)

PSICOMOTRICIDADE

“O primeiro brinquedo que temos é o nosso corpo. É por meio dele, dos nossos sentidos, que conhecemos o mundo. A psicomotricidade é uma forma de estimular esses bebês a fazer o melhor aproveitamento dele”, afirma Ludmila Tesci, educadora física e fisioterapeuta da Cia Athletica

Estudos realizados em diversos países sugerem que crianças que praticam atividade física têm melhor desempenho nas atividades escolares. Isso acontece porque os exercícios desenvolvem células cerebrais e favorecem a criação de novas conexões interneurais, mantendo a mente jovem e ativa.

“É por meio das experiências psicomotoras que as crianças se desenvolvem em sua plenitude, expandindo o conhecimento corporal, espacial e temporal. Tudo isso, portanto, contribui para o seu desempenho em etapas posteriores, como a alfabetização”, diz Ludmila, que é pós-graduada em Psicomotricidade no autismo e em transtornos do desenvolvimento. 

BENEFÍCIOS

De acordo com ela, a prática gera também benefícios para os pequenos com necessidades especiais, como síndrome de Down, transtorno do espectro autista (TEA) e transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH).

Desse modo, para além dos ganhos físicos, as aulas de psicomotricidade trazem oportunidades sociais para os alunos e suas famílias.

“Muitas vezes, as sessões são a primeira fonte de amigos para esses bebês. E, para os pais, é uma chance de trocar ideias e experiências com quem tem filhos na mesma faixa etária”, diz a educadora física.