Seu corpo mudou durante a quarentena? Ele sofreu consequências da pandemia? Pensando nessas perguntas e estudando o papel do corpo na contemporaneidade, especialmente durante os últimos meses, a fotógrafa Priscila Prade – profissional com mais de 20 anos de trajetória – convidou a atriz Bia Borinn, entre outras personalidades, para um ensaio de fotos. Bia, que está no ar na série “Experimentos Extraordinários“, na TV Cultura, escolheu mostrar a importância da nossa relação com a natureza neste período de isolamento social.
“Ficamos tão enclausurados que nossos corpos se modificaram e sofreram as consequências da pandemia. Fiquei três meses no Nordeste quando tudo isso começou, então consegui dar uma escapada e me relacionar com a natureza. Depois, quando cheguei em São Paulo, percebi como este contato me fazia falta e tinha sido fundamental. Por isso, quando pensamos nas fotos e no que gostaríamos de trabalhar, a primeira coisa que veio à cabeça foi essa nossa necessidade pela integração com a natureza”, conta Bia sobre sua participação no projeto.
A atriz já tinha posado nua outras vezes, mas revela que só recentemente, com a maturidade, que passou realmente a se sentir mais à vontade com o corpo.
Para falar de seu incômodo com as curvas e a busca pelo padrão perfeito, Bia brinca que quando pequena se sentia sempre àquela menina que sobrava dançando com a vassoura.
“A minha relação com o meu corpo nunca foi tranquila e a minha profissão também não me ajudou nesse sentido. Só recentemente, com a maturidade, que eu percebi que nunca ia ser suficiente tudo que eu fizesse. Mesmo que eu tivesse aquele corpo padrão ‘perfeito’, ia sempre achar um centímetro de algo que precisaria melhorar. Foi ai que vi que tinha que me aceitar. Depois que tive o segundo filho minha pele ficou mais flácida e é claro que me incomoda, mas agora percebo que voltei a minha preocupação mais para a minha saúde e não pela questão estética em si”, revela a atriz.
Bia completa: “Somos seres incompletos, mas temos que encontrar essa completude em nós mesmos. O contato com a natureza é fundamental para nos sentirmos completos.”