Tecnologia a serviço da saúde e o debate sobre cibersegurança


Por Dino

Crédito: DINO

A pandemia de Covid-19, que acomete o Brasil há mais de dois anos, trouxe inúmeras perdas e fez com que a rotina da população mudasse de forma drástica. Entre os setores mais impactados, a saúde certamente está entre eles, com destaque para a necessidade de migrar para plataformas digitais, em especial para realizar consultas médicas – a chamada telemedicina.

Antes da pandemia, era impensável que determinadas consultas pudessem ser feitas on-line, longe do consultório médico ou do hospital, mas não foi somente isso que foi alterado. A prescrição médica digital, por exemplo, teve um aumento de aproximadamente 1.000% durante a pandemia, de acordo com estudos da healhtech Memed.

O papel da nuvem nesse período também se mostrou fundamental para suportar a tecnologia necessária, porém as preocupações com a segurança cibernética cresceram na mesma proporção. Ao mesmo tempo, os desafios acerca da “digitalização da saúde” estão contribuindo para a criação de soluções a uma velocidade sem precedentes.

Entre os benefícios dessa tecnologia vale destacar a otimização da infraestrutura de TI e também a redução de custos, pois utiliza recursos digitais e transforma dados em insights significativos. A velocidade da inovação também não fica para trás, pois a nuvem permite a construção de protótipos e novos recursos com muita agilidade.

Por outro lado, deve-se ficar atento às questões de confidencialidade de dados. A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), por exemplo, reforça a necessidade da privacidade como um direito do indivíduo e um dever de todas as empresas no Brasil. Deste modo, é impensável que esse setor seja alvo de hackers e invasões que possam colocar em risco informações tão delicadas sobre os pacientes. Embora os provedores de nuvem sigam os mais altos padrões de segurança, dependendo da sensibilidade dos dados armazenados, as exigências devem ser triplicadas.

Além da segurança, as questões relacionadas à regulamentação e à mudança cultural das instituições também devem ser levadas em consideração. Gerenciamento de riscos e responsabilidades, objetivos bem traçados e boa definição do modelo operacional são questões que não podem ficar de fora.

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