Clubhouse, rede social por voz, é impulsinada por famosos como Boninho e Elon Musk

Ao receber o convite e entrar no aplicativo, é possível ver salas sobre os mais variados temas cheias de pessoas conversando. Todas são abertas para o usuário entrar e sair.


Por Folhapress
Clubhouse, rede social por voz, é impulsinada por famosos como Boninho e Elon Musk

Ao receber o convite e entrar no aplicativo, é possível ver salas sobre os mais variados temas cheias de pessoas conversando. Todas são abertas para o usuário entrar e sair.

O Clubhouse, rede social baseada em voz exclusiva para iPhones, despertou a atenção dos brasileiros nos últimos dias e a cobiça por um convite –única forma de ter acesso ao aplicativo.

O movimento começou no início do mês, após a divulgação de que o dono da Tesla, o bilionário Elon Musk, e o presidente-executivo do aplicativo de investimentos Robinhood, Vlad Tenev, conversaram no Clubhouse.

Neste fim de semana, o interesse explodiu. O responsável foi o diretor do Big Brother Brasil, José Bonifácio Brasil de Oliveira, o Boninho, que, no sábado (6), entrou em uma das salas do aplicativo e interagiu com o público, causando um enorme burburinho em outras redes.

Segundo o Google, na última semana, de 30 de janeiro a 6 de fevereiro, o interesse por Clubhouse saltou seis vezes no Brasil em comparação com a semana anterior. O crescimento percentual foi de 525% nas buscas pelo termo no mesmo período.

No Twitter, foram cerca de 100 mil tuítes sobre o tema nas últimas 24 horas no Brasil.

Ao receber o convite e entrar no aplicativo, é possível ver salas sobre os mais variados temas cheias de pessoas conversando. Todas são abertas para o usuário entrar e sair.


A pessoa entra apenas para ouvir e, se quiser se comunicar, basta levantar a mão (virtualmente), e os palestrantes podem convidá-la a participar.


“O Clubhouse chamou muito a atenção desde que foi criado, no início de 2020. Em dezembro, o Twitter começou a observar esse movimento e a criar salas do tipo. Em janeiro, houve um boom de investidores”, afirma Roberta Batiste, pesquisadora do Instituto Liberdade Virtual.


No fim de janeiro, os fundadores da rede confirmaram que levantaram novos fundos, mas não revelaram quanto. Um relatório do site tecnologia The Information afirmou que a empresa se aproximava de virar um unicórnio –forma como são chamadas empresas iniciantes que atingem avaliação de US$ 1 bilhão. Em julho de 2020, a empresa estava avaliada em US$ 100 milhões.



Segundo a Reuters, a demanda por convites para o Clubhouse –membros podem convidar apenas duas pessoas durante o período de pré-lançamento– é tão grande que o mercado para eles cresceu em plataformas como Reddit, eBay e Craigslist.


Na China, os convites estão sendo vendidos no marketplace de produtos usados Idle Fish, do Alibaba, embora o Clubhouse não esteja disponível na loja de aplicativos da Apple naquele país.


Na terça-feira (2), a empresa de análise de dados Sensor Tower disse que havia cerca de 3,6 milhões de downloads do aplicativo em todo o mundo, com 1,1 milhão nos seis dias anteriores.


Existem grandes salas com conversas sobre interesses variados. Também é possível criar chats privados. Gravar as conversas é proibido, e elas não ficam armazenadas dentro da plataforma.


“As críticas permanecem quanto às dificuldades para conseguir fazer a moderação de conteúdo. No ano passado, eles tiveram problemas com conversas sobre antissemitismo, por exemplo”, diz Batiste.


No ano passado, nomes como Drake, Oprah Winfrey e Virgil Abloh se tornaram fãs da plataforma, também adotada na versão beta por profissionais de tecnologia.


O Clubhouse foi criado por Rohan Seth, ex-funcionário do Google, e por Paul Davidson, empresário do Vale do Silício, e se autodescreve como um “novo tipo de produto social baseado na voz, permitindo que pessoas em todos os lugares falem, contem histórias, desenvolvam ideias e criem amizades ao redor do mundo”.

Sair da versão mobile