CGU: ações são exemplos de compliance para as empresas
Em 2021, a CGU (Controladoria-Geral da União) identificou 235 servidores públicos em irregularidades. Ao todo, 901 servidores foram desligados por corrupção durante os três anos de governo Jair Bolsonaro (PL): em 2020, foram 343 casos, pouco mais do que o registrado no ano anterior, quando 323 servidores foram expulsos por corrupção.
Nos três primeiros anos dos dois últimos governos, Lula (PT) e Dilma Rousseff (PT), para efeito de comparação, foram expulsos pelo órgão por corrupção, respectivamente, 583 e 1.055 funcionários públicos.
Lilian Reis da Silva, economista com experiência em gestão empresarial e CEO da MyComply – empresa desenvolvedora de um aplicativo de compliance -, destaca que a CGU atua em conjunto com o Ministério Público e com a Polícia Federal, como um órgão de controle interno que assiste o presidente defendendo o patrimônio público – órgão que deve atuar com transparência em sua gestão, com ações de auditoria pública, prevenção, ações corretivas, combate à corrupção e ouvidoria.
Para Silva, trazendo para a área empresarial, os programas de compliance em companhias se assemelham às ações da CGU realizadas no âmbito do funcionalismo público federal. “Os programas de compliance em empresas se assemelham em um desafio em comum, criando um sistema de combate à corrupção e à imoralidade administrativa”.
A economista complementa que o compliance tem aplicabilidade em empresas públicas ou privadas, de diferentes portes e segmentos, localizadas em todos os países. “Estas organizações devem ter por anseio atuar com ética, moral e na promoção do desenvolvimento humano, social, econômico e financeiro”.
Investir em compliance é essencial para empresas públicas e privadas
Na análise de Silva, ocorreu uma mudança no olhar dos brasileiros diante da intensa exposição dos escândalos financeiros divulgados pela mídia, como o Mensalão, a Operação Lava-Jato e o Caso FIFA. “Com a repercussão dessas operações, que despertaram o interesse de toda a sociedade, pessoas de todas as camadas sociais passaram a conversar sobre o tema, tornando estes assuntos tão populares quanto inacreditáveis”.
Com efeito, os brasileiros se preocupam mais com a corrupção do que com a saúde e o meio ambiente, conforme pesquisa coordenada pelo Centro de Pesquisa em Comunicação, Política e Saúde Pública da Universidade de Brasília. O estudo pediu para que cada participante apontasse os dois principais problemas do Brasil. A corrupção liderou o número de indicações, com 54% das citações, seguido de saúde (46%). O meio ambiente, por sua vez, foi lembrado em sétimo, por apenas 3% dos entrevistados.
Para a CEO da MyComply, a pesquisa demonstra que os brasileiros dão uma atenção especial ao tema. “Como consumidores, estes mesmos cidadãos também esperam que as empresas, não apenas públicas, como privadas, tenham atitudes corretas, assumindo um compromisso com toda a sociedade”.
Neste ponto, Silva considera que os programas de compliance podem ser melhorados com a digitalização e o desenvolvimento de aplicativos que possam cumprir o propósito de combate à corrupção e a ações fraudulentas.
“Estamos em plena revolução digital, momento em que a tecnologia já possibilita ferramentas de gestão de programas de compliance, integridade e proteção de dados e privacidade na nuvem, alcançando todos os colaboradores de uma empresa”, diz. “Por isso, vale investir em recursos para o gerenciamento de conformidade completa e personalizável, orientada para as necessidades específicas de uma empresa, que deve estar protegida de acordo com a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados)”, conclui.
Para mais informações, basta acessar: https://appmycomply.com/
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