A tecnologia de automação vem ganhando impulso em todo o mundo como um conjunto de tecnologias que possibilitam a redução de custos e o aumento da produtividade. Resultado disso, a modalidade está se tornando cada vez mais difundida e poucas empresas negligenciam essa tendência, conforme aponta projeção da McKinsey.
Segundo o balanço, 80% dos negócios afirmam que vão dar continuidade ou aumentar os investimentos com automação, sendo que mais da metade dos empreendimentos ouvidos já contam com quatro ou mais projetos de automação em desenvolvimento.
Daniel Pereira, especialista em modelos de negócios digitais e autor do livro Tempo é o Melhor Negócio, destaca que a produtividade e a redução de custos, respectivamente, são os fatores que mais impulsionam as empresas em direção à chamada Indústria 4.0: “o que pode contribuir para reduzir, no mínimo, R$ 73 bilhões em custos industriais por ano, segundo projeção da ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial)”, cita.
Entretanto, Pereira observa que a automação ainda pode encontrar resistência, tanto entre profissionais como por empresários mais tradicionais.
“Não é preciso procurar muito para encontrar estudos, artigos, notícias ou obras de ficção que demonstrem o medo de que os robôs substituam os humanos. Mas a tendência de automação para os próximos anos sugere o oposto: esperamos que os humanos e as tecnologias trabalhem juntos para aprimorar, ainda mais, suas funções e ajudar empresas de todos os setores a inovar com celeridade”.
Pereira avalia o crescente processo de automação desenvolvido por empresas de todo o mundo como positivo e inevitável.
“Já vimos isso no passado, principalmente com o avanço da engenharia mecânica. Os maiores avanços da época da revolução industrial foram a mecanização da lavoura e a criação de fábricas e suas linhas de produção, amplamente impactadas pelas máquinas a vapor e, posteriormente, a combustão e elétricas”.
Qual o futuro da automação no Brasil?
Neste sentido, na análise do especialista em modelos de negócios digitais, hoje a história se repete, porém com softwares que automatizam o processamento de informação. Para Pereira, a automação atual é feita por robôs invisíveis, que nada mais são do que pedaços de códigos que processam informação em larga escala com regras pré-estabelecidas. Esses softwares estão, cada vez mais, acessíveis graças à computação na nuvem e a extrema especialização de suas soluções.
Em curto prazo, o empresário acredita que deve ocorrer a desmistificação e crescente adoção dessas ferramentas.
“Em médio prazo, vamos ver o impacto disso crescente no mercado de trabalho e, dentro em breve, teremos negócios que rodam de maneira escalável com pequena necessidade de mão de obra humana para operacionalizar a maior parte de seus processos. O que significa que o futuro do trabalho humano pertence aos criativos. Os ‘carimbadores de papel’ estão com os dias contados”.
Com efeito, até 2028, ao menos 15% das fábricas do país devem ter se automatizado seguindo os conceitos da Indústria 4.0, conforme expectativa da ABDI.
“Nesse momento, porém, mesmo quando as empresas estiverem aptas a ‘rodar no automático’, ainda será necessário ‘criar’: os empreendedores ainda precisarão criar produtos, estratégias e posicionamento, entre outros pontos”, afirma.
“A criatividade não poderá ser deixada de lado, mesmo quando o operacional de vendas, marketing, fulfillment (logística) e financeiro, entre outros, poderão rodar no automático, graças a softwares on-line com funcionalidades de automação”.
Para mais informações, basta acessar: https://tempoeomelhornegocio.com.br/