Com o verão, o tutor deve cuidar para que o pet não sofra com problemas comuns nesta época, como desidratação, dermatites e presença de pulgas ou carrapatos.
Os dias mais quentes exigem cuidados extras com a saúde, como maior ingestão de líquidos e uso de protetor solar.
A hipertermia, ou seja elevação excessiva da temperatura do corpo, pode provocar a morte do animal, se não diagnosticada e tratada rapidamente.
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Joyce Lima, veterinária que atua no departamento de Educação Corporativa da Cobasi, lembra que os cães regulam sua temperatura corporal através da língua, focinho e coxins. Por isso, quando sofrem com o calor, ficam com a respiração ofegante, língua para fora da boca, produzindo bastante saliva e prostrados.
Mas, em alguns casos, isso não é suficiente para baixar a temperatura, e o animal passa a dar sinais de que algo não está bem.
“Em casos mais graves, em que só esses mecanismos são insuficientes, o pet começa a ter confusão mental, andar de forma cambaleante, pode ter vômitos, diarreias e alteração na frequência de batimentos. Cuidado! Animais com esses sintomas precisam de auxílio veterinário urgente!”, alerta.
Proliferação de pulgas e carrapatos, leishmaniose visceral e otites são outros problemas nessa época, segundo Marcio Barboza, médico-veterinário e gerente técnico da MSD Saúde Animal.
Veja dicas para cuidar do seu pet no verão
Hidratação de cães e gatos
É importante oferecer água abundante e fresca -e trocá-la pelo menos uma vez por dia; para os gatos é interessante oferecer fontes que simulam a água corrente -isso estimula o animal a consumir mais água e se manter hidratado.
Suco natural de frutas, frutas congeladas e até mesmo cubos de gelo misturados na água do bebedouro estimulam o pet a tomar mais líquidos;
Passeios e protetor solar
O tutor deve evitar horários mais quentes e preferir sair com o pet antes das 8h ou depois das 20h.
Além disso, não deve manter o animal em locais fechados e sem ventilação e utilizar protetor solar específico para pets, especialmente no focinho e orelhas.
O ideal é que o tutor leve sempre consigo pelo menos um frasco com água fresca para o animal ingerir e se manter hidratado sempre que houver necessidade;
Coxins
As famosas almofadinhas das patas dos cães e gatos são extremamente sensíveis a altas temperaturas e se queimam quando em contato com solos muito quentes.
O ideal é que o tutor sempre teste se o solo está quente, principalmente o asfalto: ande descalço ou coloque as costas da sua mão no solo para verificar a temperatura, se estiver desagradável para o tutor, para o animal também estará;
Piscina ou mar
Se o animal costuma entrar na piscina ou no mar, um banho com água corrente logo após é fundamental para remover resíduos de cloro ou sal e prevenir possíveis irritações na pele ou proliferação de fungos e bactérias;
Tosa
Tutores costumam achar que os pelos nos animais funcionam como as roupas para nós, aquecendo no inverno. Mas ao contrário disso, os pelos atuam como isolantes térmicos, evitando que o animal perca ou receba muito calor do ambiente: no inverno atuam como um cobertor, e no calor atuam como uma geladeira.
Assim, não há necessidade e nem é recomendada a tosa no verão, pois a pele do animal pode ficar mais exposta aos efeitos do sol, à infecção por bactérias ou fungos e à infestação de pulgas e carrapatos. O ideal é o tutor realizar a tosa higiênica e a manutenção do tamanho da pelagem de forma que permita a escovação diária do animal;
Gelo
O tutor pode oferecer gelo ao animal nos dias quentes. Inclusive é uma excelente forma de incentivar o cão a beber mais água e se refrescar.
No entanto, é importante que o tutor tome cuidado com a forma como esse gelo será oferecido. O ideal é que ele seja misturado à água que ele bebe -adicionado no próprio bebedouro.
Não é interessante para o animal que cubos de gelo muito grandes sejam oferecidos de forma direta ou que ele receba banhos de imersão com cubos de gelo, pois isso pode ser muito agressivo à sua pele.
Marcio Barboza tira dúvidas sobre a saúde nesta época
Otites
O maior contato com a água para amenizar o calor pode deixar os ouvidos do pet úmidos e, como consequência, provocar inflamação. São sintomas da otite balançar a cabeça frequentemente e coçar os ouvidos, além da presença de secreção com odor desagradável. Para evitar o problema, é importante proteger os ouvidos do animal antes de qualquer prática aquática ou no banho e, em seguida, é preciso secar bem as orelhas do pet;
Pulgas e carrapatos
A infestação não ocorre só no verão, mas é nesta época que a maior proliferação acontece e o pet pode ser acometido por esses parasitas ainda que não saia de casa ou não conviva com outros animais. Há medicamentos preventivos;
Problemas de pele
Dermatites ou inflamações de pele podem estar associadas a pulgas ou carrapatos ou ocorrer por umidade excessiva da pele. Por isso, lembre-se de secar muito bem o pet após as brincadeiras na água.