Os filhotes de gato possuem necessidades nutricionais diferentes dos adultos, geralmente menos ativos. Oferecer o alimento correto contribui tanto para a saúde, quanto para a longevidade dos gatos e, para isso, é preciso levar em consideração a idade, peso e necessidades nutricionais.
O uso da alimentação adequada e um manejo alimentar correto, desde a primeira fase de vida do pet, proporciona melhor qualidade de vida, reduzindo riscos de obesidade, otimizando a saúde do animal, como a melhora na resposta imunológica, o bom desenvolvimento e manutenção da musculatura e dos ossos.
“É preciso utilizar uma alimentação que atenda as necessidades nutricionais a fim de manter o filhote ativo e saudável conforme ele cresce”, afirma Henrique Macedo, médico-veterinário Consultor Veterinário Profissional da Hill’s Pet Nutrition.
O que procurar na ração
O tutor deve oferecer ao pet um alimento que contenha nutrientes como o ácido graxo DHA, encontrado no óleo de peixe, que é útil para o desenvolvimento do cérebro e dos olhos, assim como o ácido fólico contribui para um crescimento celular adequado.
A taurina, por exemplo, que é considerada um aminoácido essencial, é outro ingrediente importante que auxilia no funcionamento adequado do coração, sistema imunológico, processo digestivo, e também da visão. Além disso, as proteínas, que podem ser de origem animal ou vegetal, como a carne, frango, farelo de soja e glúten de milho, ajudam na manutenção da massa muscular.
A textura do alimento também entra na lista, por isso, de início, teste os alimentos secos e úmidos. A PetMD, organização internacional de saúde animal, destaca que certas condições médicas são comuns em idade avançada, como diabetes ou doença renal, o que faz necessário o uso de alimentos coadjuvantes específicos para cada caso.
Então, a sugestão é oferecer ao gato filhote tanto um alimento seco quanto úmido para que ele se familiarize com a variedade de texturas desde pequeno. Assim, será mais fácil alimentá-lo, caso precise introduzir alimento úmido no futuro.
“É importante ressaltar que os tutores devem evitar complementar ou “molhar” o alimento do gato com leite. Isso pode ocasionar uma alteração no sistema digestivo, podendo causar diarreia”, afirma Macedo.
A quantidade e os horários da alimentação também precisam ser equilibrados. Os filhotes possuem estômagos pequenos, por isso, os responsáveis devem planejar três refeições pequenas ou mais até que tenham 6 meses de vida.
Os alimentos destinados a filhotes são pensados para atender todas as suas necessidades, inclusive suas limitações físicas, como seus pequenos dentes e boca. Elas são feitas em pedaços menores e adequadas a sua mordida, para que não haja risco do pet engasgar.
O que evitar em rações para filhotes de gato
De modo geral, evite fornecer alimentos desbalanceados e potencialmente tóxicos, que atrapalhem o desenvolvimento do pet. É necessário o fornecimento de nutrientes em quantidades e proporções ideais para cada fase de vida dos gatos, ajustando essa alimentação à medida que eles crescem para evitar problemas de saúde e desenvolvimento. O equilíbrio é o que ajudará a chegar na nutrição ótima, contribuindo para saúde, bem-estar e longevidade do animal.
“Os veterinários têm um papel vital em ajudar os tutores de gatos a tomar decisões sobre a dieta ideal, especialmente se o animal tiver problemas de saúde. Fatores como teor nutricional, textura, porções (quantidade) e horários da alimentação contam muito para que o gato tenha uma vida saudável e equilibrada”, explica Henrique.