23 de novembro de 2024

Para especialista, “Localization” é peça-chave para negócios internacionais


Por Dino Publicado 13/06/2022
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Crédito: DINO

Em um mundo globalizado, as atividades econômicas entre empresas de diversos países se consolidam e inserem os brasileiros em mercados internacionais. Prova disso, mais de 20 mil cidadãos já têm investimentos em micro e pequenos negócios no exterior, conforme informações do MRE (Ministério das Relações Exteriores). De acordo com o órgão, os lugares mais procurados para empreender fora são Portugal e Estados Unidos – onde 9 mil empresários já atuam, o que representa 45% do total.

Neste ponto, uma ferramenta ganha cada vez mais destaque como uma peça-chave para os contratos internacionais: a “localization”, afirma Lindaura Moreira, empresária que atua com revisão e tradução há 20 anos e que está abrindo um negócio do gênero nos EUA. Ela explica que um trabalho de “localization” (localização, em português) contém elementos que se diferenciam de uma simples tradução, e que consiste em uma adaptação do texto para continuar exatamente no contexto da pessoa que escreveu.

“‘Tradução’ é o processo de traduzir o texto de um idioma para outro para que o significado seja equivalente. Já a ‘localização’, por sua vez, é um processo mais abrangente de adequação do significado completo de um conteúdo totalmente localizado para uma nova região, incluindo a tradução, imagens associadas e particularidades culturais para ressoar familiar aos usuários de um produto ou serviço para outro país, localidade ou mercado específico”, esclarece.

Ainda segundo a especialista, “A ‘localization’ aborda componentes culturais e questões linguísticas da localidade ou do país de destino”, define.

Enquanto a tradução é o processo de traduzir o texto de um idioma para o outro para que o significado seja equivalente, prossegue, a “localization” é mais extensa. “Ela é o divisor de águas que transforma a tradução, inserindo o material na cultura do público-alvo e alterando o conteúdo para atender às preferências locais”, diz ela.

Segundo Moreira, o método deve ser empregado quando uma empresa, de qualquer segmento e porte, tem  interesse em dar aos seus produtos ou serviços um alcance global. “A ‘localization’ é um elemento essencial para firmar contratos internacionais. Não à toa, é considerada uma poderosa ferramenta de marketing para empresas que buscam expandir globalmente”, considera.

Prova disso se dá através da pesquisa divulgada pela Smartidom, empresa especializada em soluções multilingue, que aponta que, apesar de grande parte da sociedade saber o inglês hoje em dia, 60% dos consumidores afirmam que preferem conteúdos em sua língua nativa e 40% de fato não compram em websites com uma linguagem que não a sua.

A especialista conta, ainda, que ela abrange uma área ampla, como o setor de serviços financeiros e bancários. “A ‘localization’ colabora para a realização de relatórios financeiros anuais, demonstrações financeiras estatutárias, relatórios de auditoria, prospectos de investimento e comunicações aos acionistas e IPO (Initial Public Offering – na sigla em inglês – documentos de ofertas públicas iniciais, em português), entre outros”.

Para Moreira, o serviço de localização é um trabalho de empatia. “Para além dos conhecimentos da língua e do uso preciso de terminologias, quem atua com ‘localization’ deve se colocar no lugar do público-alvo do material a ser traduzido, entendendo suas necessidades”, conclui.

Para mais informações, basta acessar: 

https://www.linkedin.com/in/lindaura-moreira-a83684239/

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