Maioria dos brasileiros tem trabalho híbrido no pós-pandemia
Apesar da fase mais difícil da pandemia já ter ficado para trás, os impactos deste período ainda estão presentes na sociedade. O modelo de trabalho atrelado à tecnologia, por exemplo, foi um dos aspectos acelerados pelo cenário pandêmico. De acordo com a pesquisa “O Futuro do Trabalho no Brasil” realizada pelo Google Workspace, com a consultoria IDC Brasil, entre abril e junho deste ano, 56% dos profissionais brasileiros entrevistados disseram trabalhar de forma híbrida, o que representa 12 pontos percentuais acima do observado em 2021.
O estudo ouviu mais de mil profissionais de empresas de diferentes tamanhos e áreas, incluindo varejo, instituições de educação privada, telecomunicações, finanças e saúde. No levantamento, outras modalidades de trabalho foram apontadas pela pesquisa, sendo que 19% dos entrevistados indicaram que atuam de forma puramente remota – contra 27% no último ano; e 25% dos participantes disseram trabalhar em um modelo inteiramente presencial – no ano passado eram 29%.
Ainda de acordo com o levantamento, um outro cenário se evidencia: o desejo de trocar de emprego para poder trabalhar de forma híbrida, já que 73% dos entrevistados que atuam neste modelo o definiram como a melhor opção de trabalho. Já entre os entrevistados que trabalham presencialmente, 65% afirmaram que trocariam de emprego para poder atuar de forma híbrida, ressaltando ainda que desejariam manter os mesmos salários e benefícios do modelo presencial.
Novo formato exige estrutura adequada para não prejudicar produtividade
O aumento do modelo de trabalho híbrido também cria uma nova exigência entre as empresas, que precisam estar com a estrutura adequada para comportar as necessidades deste formato. A pesquisa “Modelos de trabalho pós-pandemia, mais flexibilidade, empatia e produtividade” realizada pela Escola de Administração de Empresas de São Paulo (FGV EAESP), em parceria com o PageGroup e a PwC Brasil, questionou sobre a estrutura física das empresas para o regime híbrido. A maioria dos participantes, sendo 71% dos colaboradores e 78% dos executivos, relatou que as empresas já possuem estruturas físicas para o regime híbrido, com ou sem adaptações necessárias. “Diante de um cenário desafiador no mundo dos negócios, a ampliação das soluções tecnológicas também contribuiu para a aceleração do modelo híbrido e remoto de trabalho”, aponta Vinicius Silva, gerente comercial da HT Solutions, empresa especialista em soluções de infraestrutura de TI.
Por outro lado, quando questionados sobre os fatores que prejudicam a produtividade em home office, os colaboradores relataram a dificuldade de acesso a sistemas como um problema muito maior do que para os executivos. Os executivos, por sua vez, tendem a ver mais como aspectos negativos do home office a falta de infraestrutura nas casas dos colaboradores, se preocupando mais com questões não relacionadas à infraestrutura da própria empresa. “O dinamismo da tecnologia garante mais agilidade e a otimização das tarefas, a partir de ferramentas que proporcionam segurança para as demandas de empresas em diferentes segmentos”, complementa. Silva lembra que a tecnologia transpassa por essas necessidades, a partir de storages para suportar redes e equipamentos gerenciáveis remotamente, flexibilidade de usar notebooks para trabalhar, equipamentos novos e funcionais. “Cada vez mais o local de trabalho precisa fornecer ferramentas que permitam que as pessoas se conectem de onde estiverem, o que contribui para otimização de tempo, de recursos e aumento da produtividade dos profissionais e das empresas”, conclui.
O gerente comercial ainda relembra que antes de as empresas implementarem o modelo híbrido ou remoto é fundamental que estejam atentas às adequações necessárias nos processos para manter sua total operacionalidade. “Os negócios não devem ser prejudicados – nem os colaboradores – com esta transformação. Na atualidade, diversas empresas especialistas em tecnologia já oferecem as ferramentas necessárias e soluções customizadas para que seja possível operar integralmente nestes formatos”, ressalta.
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