São Paulo e Santos empataram por 1 a 1 na noite de quinta-feira (7), no primeiro clássico do Brasileirão realizado com público. Apesar da novidade da presença dos torcedores (em número reduzido), os times mantiveram o nível que vêm apresentando e não conseguiram espantar a má fase triunfando sobre um rival.
Numa noite fria na capital paulista, com os termômetros marcando 16º C durante boa parte do duelo, as equipes conquistaram apenas um ponto cada uma e permaneceram na segunda metade da tabela, próximos da zona de rebaixamento.
A situação santista é pior. Com 25 pontos, está em 16º, dois pontos acima do Grêmio, o primeiro na parte vermelha da tabela. Os tricolores estão em 14º, agora com 29.
Na tentativa de vencer após três empates seguidos, o São Paulo entrou em campo com quatro atacantes: Luciano, Marquinhos, Rigoni e Calleri. Mas foram os visitantes que saíram na frente, com um gol de Carlos Sánchez, em chute de fora da área, logo aos cinco da etapa inicial.
O São Paulo não mudou sua tática, permaneceu com mais posse de bola e linhas altas até empatar. E conseguiu em uma cobrança de pênalti, marcado por Raphael Claus após o árbitro ser chamado pelo VAR (árbitro de vídeo) e constatar um desvio de Vinicius Balieiro com o braço.
Calleri e Luciano discutiram para decidir quem cobraria. O argentino venceu a queda de braça e empatou o clássico aos 35 minutos. Os dois se abraçaram na comemoração do primeiro gol do camisa 30 após seu retorno ao clube.
Depois de 45 minutos bastante movimentados, os dois times voltaram mais cansados para a etapa final e pouco produziram para sair de campo com a vitória, necessária para reduzir a pressão das torcidas que tem impactado o rendimento dos atletas.
O clima no estádio tricolor, sobretudo antes da partida, era bem diferente, aliás, do vazio que marcou o San-São pela primeira fase do Campeonato Paulista de 2020, quando as duas equipes fizeram o primeiro jogo na capital paulista sem presença de público em razão da pandemia de Covid-19. Houve um misto de apoio e cobrança desta vez.
Com o retorno dos torcedores, também voltaram os vendedores ambulantes, que, além das camisas falsas, vendem agora máscaras por R$ 10 –o item é de uso obrigatório dentro dos estádios, porém uma grande parte dos presentes nas arquibancadas não usavam a proteção durante a partida.
Por outro lado, o distanciamento foi respeitado nas arquibancadas, mas muito mais em função do número de torcedores presentes, 5.529. Até 15 de outubro, os estádios poderão recepcionar até 30% da capacidade total –cerca de 19 mil no caso do Morumbi, que comporta pouco mais de 66 mil pessoas.
O público pequeno, contudo, tentou motivar os donos da casa desde o começo do duelo. Antes de a bola rolar, o goleiro Tiago Volpi foi alvo de críticas ainda durante o aquecimento, devido às falhas que o goleiro cometeu recentemente, sobretudo na queda do São Paulo nas quartas de final da Copa do Brasil.
Com mais um resultado ruim no Nacional, os elencos de São Paulo e Santos vão continuar sendo criticados por suas torcidas.
SÃO PAULO
Tiago Volpi; Igor Gomes, Miranda, Léo e Welington; Luan (Gabriel Neves), Nestor (Liziero) e Luciano; Rigoni, Marquinhos (Gabriel Sara) e Calleri (Benítez). T.: Hernán Crespo
SANTOS
João Paulo; Vinicius Balieiro, Emiliano Velázquez e Wagner Palha (Lucas Braga); Marcos Guilherme, Camacho (Danilo Boza), Vinicius Zanocelo, Carlos Sánchez (Pirani) e Felipe Jonatan; Marinho e Léo Baptistão (Diego Tardelli). T.: Fabio Carille
Estádio: Morumbi, em São Paulo (SP)
Público e renda: 5.529 torcedores; R$ 393.437,00
Árbitro: Raphael Claus (FIFA-SP)
Assistentes: Danilo Ricardo Simon Manis (FIFA-SP) e Evandro de Melo Lima (SP)
VAR: Daiane Caroline Muniz dos Santos (FIFA-SP)
Cartões amarelos: Welington e Benítez (SAO) Vinícius Balieiro, Marinho, Danilo Boza e Marcos Guilherme (SAN)
Gols: Carlos Sánchez (SAN), aos 5′, e Calleri (SAO), aos 34’/1ºT