Subiu para seis o número de mortos após o forte temporal que mais uma vez atingiu a cidade de Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, no último domingo (20).
As vítimas foram encontradas no morro da Oficina (2), na rua Washington Luiz (3) e no centro (1). De acordo com a equipe Técnica e Científica da Polícia Civil, entre os óbitos há duas mulheres e quatro homens. Até o momento não há menores de idade. O Corpo de Bombeiros ainda procura dois desaparecidos.
CHUVAS
O município serrano do Rio de Janeiro voltou a sofrer com as chuvas cerca de um mês após o maior desastre de sua história recente, que deixou 233 mortos e 4 desaparecidos.
Em 24 horas, caíram 534 milímetros de água, mais que o dobro do acumulado no dia da tragédia (260 milímetros) -quando a chuva, porém, ficou concentrada em poucas horas. Agora essa se tornou, de longe, a marca mais alta desde o início das medições, em 1932.
Trinta e quatro pessoas foram resgatadas com vida após o temporal de domingo. Foram registradas 706 ocorrências, sendo a maior parte de deslizamentos. Segundo a prefeitura, 522 casos ocorreram próximos a residências, afetando diretamente as estruturas ou as colocando em risco.
ATENDIMENTO
A secretaria de Assistência Social está atuando no atendimento de 889 pessoas que se dirigiram a 24 pontos de apoio. Além desses, a prefeitura segue no suporte a outras 289 afetadas pela chuva de fevereiro.
O governador Cláudio Castro (PL) foi à cidade nesta segunda (21) acompanhar os trabalhos de recuperação. Ele anunciou um investimento de R$ 40 milhões em obras de emergência do túnel extravasor, na rua Quissamã, construído para ajudar a escoar a água.
Segundo o governo, mais de R$ 150 milhões foram destinados para intervenções nos bairros Valparaíso, Castelânea, Morin e Centro.
Em razão das chuvas, a vacinação contra a Covid-19 foi paralisada, e a Secretaria de Educação de Petrópolis decidiu suspender as aulas nas escolas públicas e privadas também nesta terça (22). Diversas ruas estão interditadas, e linhas de ônibus, interrompidas.