Infertilidade: doação de óvulos ajuda a conter epidemia

Para haver a ovodoação a mulher deve ter até 32 anos. O processo é totalmente anônimo, doadora e receptora não se conhecem, e a taxa de gravidez é muito alta


Por Redacao 019 Agora

A Doação de óvulos (ovodoação) é uma técnica indicada para mulheres que não produzem óvulos, que estão com idade avançada, que tiveram diminuição do potencial de fertilização ou que são portadoras de genes determinantes de doenças graves. 

É efetivada a partir da mulher que decide doar os óvulos para outra, a fim de serem fertilizados pelo sêmen do parceiro da receptora ou por esperma também doado.  “A doação é um ato de amor. Um ato que ajuda muito alguém. E o número de mulheres que precisam de óvulos doados cresce drasticamente, porque cada vez mais as mulheres adiam a gravidez”, afirma o Dr. Alfonso Massaguer, Diretor médico da clínica Mae de Reprodução Assistida.

Para haver a ovodoação a mulher deve ter até 32 anos.  O processo é totalmente anônimo, doadora e receptora não se conhecem, e a taxa de gravidez é muito alta. “No Brasil não é permitido pagarmos para a doadora de óvulos. No máximo, podemos dar uma ajuda de custo com transporte, alimentação, medicação, mas não podemos pagar pelo ato de doar.”, explica o Dr. Alfonso. 

Etapas do procedimento:


Primeiro é realizada uma consulta para recolhimento de dados físicos e amostra de sangue da mulher, enquanto o sêmen do homem é coletado e congelado.  A doadora de óvulos deve ter características genéticas similares à da mulher que receberá os óvulos, tais como etnia, grupos sanguíneos, estatura, cor de pele, cor dos cabelos e dos olhos. 

Após essa etapa, inicia-se a preparação do endométrio da receptora, uma ou duas semanas antes da transferência prevista dos embriões. “No estímulo da ovulação são usados remédios que não deixam o nível hormonal aumentar. A coleta dos óvulos é feita em laboratório com uma sedação leve e o uso de uma agulha via vaginal”, explica. 

Após aspirar os óvulos da doadora e injetá-los com os espermatozoides, ocorre a transferência dos embriões para a paciente, entre o terceiro e sexto dia após o desenvolvimento embrionário. “Os óvulos retirados são aqueles que morreriam naquele mês. A mulher que está fazendo uma ovodoação não tem qualquer prejuízo futuro. Ela pode ficar tranquila que a quantidade de óvulos não vai diminuir em hipótese alguma”, ratifica o médico.

Outra questão importante se refere às características genéticas da criança gerada a partir do procedimento de doação de óvulos. O Dr. Alfonso Massaguer destaca que a ligação da receptora com o bebê é umbilical e que essa relação de mãe e filho existe durante toda a gestação. “Há muitos trabalhos que mostram que o útero pode ativar ou desativar alguns gens. A mulher que engravida troca sangue com a criança, tem o parto, amamenta. Enfim essa criança tem o sêmen do marido e o útero também atua decisivamente”, conclui o médico.  

*Dr. Alfonso Araújo Massaguer – CRM 97.335  

www.mae.med.br       

É Médico pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) Ginecologista e Obstetra pelo Hospital das Clínicas e ATUA EM Reprodução Humana HÁ 18 anos. DR Alfonso é diretor clínico da MAE (Medicina de Atendimento Especializado) especializada em reprodução assistida. Foi professor responsável pelo curso de reprodução humana da FMU por 6 anos. Membro da Federação Brasileira da Associação de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), das Sociedades Catalãs de Ginecologia e Obstetrícia e Americana de Reprodução Assistida (ASRM). Também é diretor técnico da Clínica Engravida, autor de vários capítulos de ginecologia, obstetrícia e reprodução humana em livros de medicina, com passagens em centros na Espanha e Canadá.

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