O PIB do Brasil cresceu. O país aumentou seu Produto Interno Bruto em 0,4% no segundo trimestre de 2019. Segundo o IBGE, que divulgou a pesquisa no último mês, isso ocorreu devido a ganhos na indústria e nos serviços.
Apesar de baixo, esse crescimento foi acima do esperado e afastou a possibilidade de uma recessão técnica na economia nacional. As pessoas estão voltando a consumir, o dinheiro está voltando a girar. Assim, poupar dinheiro deixou de ser só um plano e voltou a ser realidade na vida dos brasileiros.
A Bolsa de Valores é um exemplo disto. Este ano, 20% dela voltou a ser ocupado por pessoas físicas. Pouco a pouco, a população deixa a insegurança de lado e utiliza outros métodos para investir seu dinheiro. Em abril, já estavam sendo contabilizados 1 milhão de investidores. No entanto, mesmo parecendo um número expressivo, não equivale nem a 0,5% dos brasileiros.
No ano passado, 88% dos investidores ainda optavam pela poupança, pois tradicionalmente tem-se a ideia de que essa é a única forma segura de não perder dinheiro. Uesley Lima, especialista em Bolsa de Valores, explica que, caso a pessoa esteja investindo na poupança de algum banco e esta instituição entre em falência, existe o Fundo Garantidor de Crédito (FGC) que garante que não se perca o que foi investido. Esse fundo é privado, mas supre o total de R$ 250 mil por cliente.
Se o investimento for de R$ 270 mil, estes R$ 20 mil serão perdidos. O FGC, porém, não cobre apenas a poupança. Sua garantia alcança também investimentos em Certificado de Depósito Bancário (CDB), Letra de Crédito do Agronegócio (LCA), Letra de Crédito Imobiliário (LCI), Letra de Crédito (LC), entre outros produtos financeiros.
Aí é que está a principal questão tratada pelo especialista. Erroneamente, acredita-se que apenas a poupança apresenta estabilidade e que qualquer forma diferente de investimento é um risco, quase uma certeza da perda de dinheiro. Mas, na verdade, CDB, LCI, LCA e assemelhadas possuem exatamente a mesma garantia da poupança
Então por que sair da poupança? Porque justamente esses outros produtos financeiros possibilitam um maior rendimento. Enquanto a poupança rende 4,2% ao ano, os demais chegam a 9%.
“A gente vive no país dos juros, das maravilhas dos investimentos. Onde você coloca o seu dinheiro, ele cresce. Alguns investimentos são melhores do que outros, então comece a escolher melhor. E isso só vai acontecer na hora que começarmos a tirar esse medo enraizado do risco de perder dinheiro”, orienta Uesley.