Operação mira facção criminosa rival ao PCC que aterroriza Rio Claro

Gaeco e Baep deflagram operação para desmantelar grupo criminoso que desafia a hegemonia da maior facção do país


Por Redacao 019 Agora
Operação mira facção criminosa rival ao PCC que aterroriza Rio Claro Rafael Freitas dos Santos Nariz Torto

Rafael Freitas dos Santos, o Nariz Torto, publicou fotos com fuzis nas redes sociais - Foto: Reprodução

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e o Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep) deflagraram, nesta quarta-feira (17), em Rio Claro (SP), a Operação Oposição.

O objetivo foi cumprir oito mandados de prisão preventiva e nove de busca e apreensão contra integrantes de uma organização criminosa formada no município do interior paulista.

Esta organização emergiu com o objetivo de rivalizar a hegemonia da facção conhecida como Primeiro Comando da Capital, ou PCC, incitando disputas entre delinquentes na cidade.

Apreensões e detenções decorrentes da Operação

Ao longo dos trabalhos, as autoridades conseguiram apreender dinheiro, celulares, armas e munições, além de efetuar a prisão de cinco pessoas.

No entanto, outras três pessoas ainda estão foragidas, incluindo o líder do grupo. Ele conseguiu escapar passando por um buraco aberto no muro da mansão em que morava, localizada em um loteamento fechado da cidade de Ipeúna.

A infraestrutura da Organização Criminosa de Rio Claro

Segundo as investigações, de forma similar ao PCC, os integrantes do grupo criminoso de Rio Claro tinham acesso a armamento de grosso calibre, munições e coletes balísticos. Além disso, eles apresentavam uma vasta movimentação financeira, proveniente principalmente do tráfico de drogas.

Resposta do Judiciário à ação criminosa

A Justiça, por sua vez, acolheu a denúncia oferecida pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) contra os oito alvos dos mandados. Adicionalmente, foi deferido pedido de sequestro de bens no valor de R$ 12.586.000,00, uma tentativa de minar ainda mais a estrutura da organização criminosa.

Confronto de Gigantes: como o grupo rival do PCC escalou o tráfico e aterrorizou Rio Claro

Anderson Ricardo de Menezes, conhecido como Magrelo, escapou da prisão por meio de um buraco no muro da sua mansão em Ipeúna, próximo a Rio Claro, enquanto o cerco policial da Operação Oposição estava em andamento. 

Anderson Ricardo de Menezes, o Magrelo e Willian Ribeiro de Lima Diez
Foto: Reprodução

A concorrência do PCC: o surgimento de uma nova facção criminosa

Magrelo é acusado de ter estabelecido um grupo rival do PCC (Primeiro Comando da Capital) no interior de São Paulo. De acordo com o MP-SP, esta nova organização tem estrutura mais robusta, poderio bélico superior na região, e utiliza fuzis para eliminar seus inimigos. A briga entre esses dois grupos pelo controle do tráfico de drogas resultou em 33 assassinatos somente no ano passado.

Operação Oposição: a tentativa de desarticular o Grupo de Magrelo

Na tentativa de neutralizar a organização de Magrelo, o Núcleo do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e de Combate ao Crime Organizado) de Piracicaba, subordinado ao MP-SP, deflagrou a Operação Oposição

Como chegaram ao Grupo de Magrelo

A organização de Magrelo foi descoberta após a investigação do assassinato de Juliano Gimenes Medina, um narcotraficante de Ponta Porã (MS), que era responsável por remessas de drogas do Paraguai para o Brasil.

Poder de fogo e impacto na comunidade

Posts nas redes sociais como o de Rafael “Nariz Torto”, membro do grupo, revelam o poderio bélico dessa nova facção. De acordo com relatórios, este bando utilizava armas de alto calibre, como fuzis, para exterminar aqueles que se opunham aos seus interesses.

Violência na região

A violência gerada pela rivalidade entre as facções criminosas aterrorizou a população de Rio Claro e cidades próximas, resultando na taxa de homicídios mais alta da região. Com 15,68 homicídios por 100 mil habitantes em 2022, Rio Claro superou São Carlos (12,01) e Araraquara (4,12).

Ainda não obtivemos resposta dos advogados dos acusados, mas assim que recebermos qualquer

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