O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e o Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep) deflagraram, nesta quarta-feira (17), em Rio Claro (SP), a Operação Oposição.
O objetivo foi cumprir oito mandados de prisão preventiva e nove de busca e apreensão contra integrantes de uma organização criminosa formada no município do interior paulista.
Esta organização emergiu com o objetivo de rivalizar a hegemonia da facção conhecida como Primeiro Comando da Capital, ou PCC, incitando disputas entre delinquentes na cidade.
Apreensões e detenções decorrentes da Operação
Ao longo dos trabalhos, as autoridades conseguiram apreender dinheiro, celulares, armas e munições, além de efetuar a prisão de cinco pessoas.
No entanto, outras três pessoas ainda estão foragidas, incluindo o líder do grupo. Ele conseguiu escapar passando por um buraco aberto no muro da mansão em que morava, localizada em um loteamento fechado da cidade de Ipeúna.
A infraestrutura da Organização Criminosa de Rio Claro
Segundo as investigações, de forma similar ao PCC, os integrantes do grupo criminoso de Rio Claro tinham acesso a armamento de grosso calibre, munições e coletes balísticos. Além disso, eles apresentavam uma vasta movimentação financeira, proveniente principalmente do tráfico de drogas.
Resposta do Judiciário à ação criminosa
A Justiça, por sua vez, acolheu a denúncia oferecida pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) contra os oito alvos dos mandados. Adicionalmente, foi deferido pedido de sequestro de bens no valor de R$ 12.586.000,00, uma tentativa de minar ainda mais a estrutura da organização criminosa.
Confronto de Gigantes: como o grupo rival do PCC escalou o tráfico e aterrorizou Rio Claro
Anderson Ricardo de Menezes, conhecido como Magrelo, escapou da prisão por meio de um buraco no muro da sua mansão em Ipeúna, próximo a Rio Claro, enquanto o cerco policial da Operação Oposição estava em andamento.
A concorrência do PCC: o surgimento de uma nova facção criminosa
Magrelo é acusado de ter estabelecido um grupo rival do PCC (Primeiro Comando da Capital) no interior de São Paulo. De acordo com o MP-SP, esta nova organização tem estrutura mais robusta, poderio bélico superior na região, e utiliza fuzis para eliminar seus inimigos. A briga entre esses dois grupos pelo controle do tráfico de drogas resultou em 33 assassinatos somente no ano passado.
Operação Oposição: a tentativa de desarticular o Grupo de Magrelo
Na tentativa de neutralizar a organização de Magrelo, o Núcleo do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e de Combate ao Crime Organizado) de Piracicaba, subordinado ao MP-SP, deflagrou a Operação Oposição.
Como chegaram ao Grupo de Magrelo
A organização de Magrelo foi descoberta após a investigação do assassinato de Juliano Gimenes Medina, um narcotraficante de Ponta Porã (MS), que era responsável por remessas de drogas do Paraguai para o Brasil.
Poder de fogo e impacto na comunidade
Posts nas redes sociais como o de Rafael “Nariz Torto”, membro do grupo, revelam o poderio bélico dessa nova facção. De acordo com relatórios, este bando utilizava armas de alto calibre, como fuzis, para exterminar aqueles que se opunham aos seus interesses.
Violência na região
A violência gerada pela rivalidade entre as facções criminosas aterrorizou a população de Rio Claro e cidades próximas, resultando na taxa de homicídios mais alta da região. Com 15,68 homicídios por 100 mil habitantes em 2022, Rio Claro superou São Carlos (12,01) e Araraquara (4,12).
Ainda não obtivemos resposta dos advogados dos acusados, mas assim que recebermos qualquer