Genro filmou queda de avião que matou 7 em Piracicaba
No vídeo, é possível ouvir gritos de pessoas que acompanharam de longe a tragédia ocorrida na manhã desta terça-feira (14)
Um avião King Air 360 caiu em Piracicaba (SP), na manhã desta terça-feira (14) e matou seus sete ocupantes. Cinco dos mortos eram da mesma família.
O genro do empresário Celso Silveira Mello Filho e marido de Camila Meneghel Silveira Mello, ambos mortos na queda da aeronave flagrou a queda enquanto filmava a decolagem.
A informação foi confirmada pelo radialista Mário Luiz, da Rádio Educadora de Piracicaba.
No vídeo, é possível ouvir gritos de pessoas que acompanharam de longe a tragédia.
VÍTIMAS DO ACIDENTE COM O KING AIR
– Celso Silveira Mello Filho, 73 anos
– Maria Luiza Meneghel, 71 anos
– Celso Meneghel Silveira Mello, 46 anos
– Camila Meneghel Silveira Mello Zanforlin, 48 anos
– Fernando Meneghel Silveira Mello, 46 anos
– Piloto: Celso Elias Carloni, 39 anos
– Copiloto: Giovani Dedini Gulo, 24 anos
O ACIDENTE
Segundo o Corpo de Bombeiros, por volta das 9h a aeronave que levava a família do empresário Celso Silveira Mello Filho, acionista da Cosan, um dos maiores grupos do setor sucroenergético no país, caiu em uma área de vegetação próxima à Fatec (Faculdade de Tecnologia), provocando um incêndio no local. Sete viaturas foram encaminhadas para a região.
Celso é irmão de Rubens Ometto Silveira Mello, presidente do conselho de administração da companhia.
Além dele, morreram sua esposa, Maria Luiza Meneghel, seus três filhos, Celso, Fernando e Camila, o piloto do avião, Celso Elias Carloni, e o copiloto, Giovani Gulo. A aeronave tinha decolado do aeroporto da cidade paulista, com destino a Belém.
As chamas já foram contidas na área do impacto, mas se alastraram para a vegetação de eucalipto e foram apagadas pelas equipes do Corpo de Bombeiros e por uma força-tarefa que foi para o local.
No total, cerca de cem pessoas trabalham na ocorrência, de acordo com a prefeitura, incluindo brigadistas da Hyundai, que está instalada perto do local do acidente e enviou funcionários.
Segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), a aeronave estava com o certificado e a manutenção em dia.
O registro aponta que o avião, fabricado em 2019, era da categoria de serviço aéreo privado e operado pela CSM Agropecuária Ltda. A reportagem tenta contato com a empresa.
De acordo com o major Marcos Palumbo, do Corpo de Bombeiros, não foi possível reconhecer as vítimas, pois a maioria estava carbonizada.
Nenhum dos ocupantes da aeronave, que constavam na lista de passagerios do voo, sobreviveu ao impacto seguido de incêndio, afirmou o major.
O prefeito de Piracicaba, Luciano Almeida (DEM), que esteve no local da queda do avião, disse, via assessoria, lamentar o acidente. “Ficamos consternados com o acidente e, por isso, decretamos luto oficial [de três dias] no município como forma de prestar nossa homenagem neste momento tão difícil.”
Por meio de nota, o Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) confirmou que investigadores do Seripa 4 (4º Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), seu órgão regional em São Paulo, foram acionados para apurar a ocorrência.
Entre as ações nesta fase estão identificar indícios, fotografar cenas, ouvir testemunhas e analisar partes da aeronave.
“A conclusão das investigações terá o menor prazo possível, dependendo sempre da complexidade de cada ocorrência e, ainda, da necessidade de descobrir os fatores contribuinte”, diz a nota do Cenipa.
Nesta segunda-feira (13), um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) teve falha técnica e caiu em Campo Grande (MS). A queda gerou incêndio florestal e fez o espaço aéreo ser fechado por quase três horas.
A QUEDA
Vídeo de câmera de segurança flagra o momento exato da queda da aeronave.