Dia Nacional de Combate ao Fumo traz conscientização sobre as causas nocivas do cigarro

O tabagismo é um dos principais problemas de saúde pública, associado a uma série de doenças graves e mortes prematuras


Por Redacao 019 Agora
Dia Nacional de Combate ao Fumo traz conscientização sobre as causas nocivas do cigarro

Dia Nacional de Combate ao Fumo traz conscientização sobre as causas nocivas do cigarro

Com o objetivo de conscientizar a população sobre os malefícios do tabagismo, o Dia Nacional de Combate ao Fumo, 29 de agosto, promove a adoção de um estilo de vida mais saudável.

O tabagismo é um dos principais problemas de saúde pública, associado a uma série de doenças graves e mortes prematuras. A data de hoje nos ressalta as causas nocivas do cigarro e a importância do combate ao hábito de fumar. 

De acordo com a cardiologista da Santa Casa de Piracicaba, que também atua no programa de combate ao fumo por meio do Paradas Pro Sucesso e do tratamento contra o tabagismo, Juliana Previtalli, o cigarro é fonte concentrada de nicotina, uma substância altamente viciante que atua no sistema nervoso central, causando dependência física e psicológica.  

“Além da nicotina, o tabaco contém uma vasta gama de produtos químicos tóxicos e cancerígenos, incluindo alcatrão, monóxido de carbono, formaldeído, chumbo e muitos outros. Essas substâncias são inaladas profundamente nos pulmões de cada fumante e são transportadas para todo o corpo através da corrente sanguínea”, explica. 

Há uma lista extensa, segundo a médica, sobre os danos nocivos à saúde àqueles que optam em fumar. “O tabagismo é uma das principais causas evitáveis de câncer. O alcatrão presente no cigarro contém várias substâncias cancerígenas que podem afetar não apenas os pulmões. Mas, também a boca, garganta, esôfago, pâncreas, fígado, rins, bexiga e colo do útero”, ressalta. 

Doenças

Além disso, segundo Juliana, fumar está diretamente ligado a doenças respiratórias, como bronquite crônica e enfisema pulmonar. “Essas doenças reduzem a capacidade pulmonar, levando a dificuldades respiratórias e uma qualidade de vida comprometida”. Alerta ao enfatizar ainda que o monóxido de carbono presente na fumaça do cigarro interfere no transporte de oxigênio pelo sangue, aumentando o risco de doenças cardíacas, como infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral. 

Para as gestantes, outro alerta: “mulheres grávidas que fumam têm maior probabilidade de complicações, como parto prematuro, baixo peso ao nascer e problemas de saúde a longo prazo para seus bebês”, enfatiza Juliana. 

E os malefícios do fumo não param. O tabagismo contribui também para o envelhecimento precoce da pele devido ao impacto negativo na circulação sanguínea e à ação de substâncias químicas que prejudicam a elasticidade da pele. Além dos danos à saúde humana, a produção e o descarte de cigarros têm um impacto negativo no meio ambiente, contribuindo para a poluição do solo e da água. 

Cigarros eletrônicos

Outra preocupação crescente, segundo Juliana é quanto aos cigarros eletrônicos. Nos últimos anos, esse modelo tem ganhado adeptos em todo o mundo, sendo promovido como uma alternativa “mais segura” ao cigarro tradicional. No entanto, essa percepção está longe da realidade quando observamos os malefícios que essa tecnologia aparentemente moderna traz consigo. 

“Os dispositivos mais comercializados atualmente contêm líquidos que, quando vaporizados, contêm, além da nicotina, substâncias químicas tóxicas como o formaldeído e metais pesados como o chumbo, o cádmio e o lítio (componentes das baterias). Vale ressaltar que, como são proibidos, não há regulamentação. Os cigarros eletrônicos chegam a possuir quase 60 mg de nicotina por ml do líquido (o equivalente a 3 maços). Enquanto os tradicionais se limitam a 1 mg da substância por cigarro e isso explica o alto grau de dependência que provoca em quem os experimenta”. Ressalta a médica.  

Além disso, a ascensão do uso de cigarros eletrônicos entre os jovens é alarmante.

“As campanhas publicitárias que promovem sabores atraentes, embalagens elegantes e a ideia de serem mais ‘inofensivos’ têm contribuído para a normalização desse hábito entre os adolescentes. Isso é particularmente preocupante. Uma vez que o cérebro dos jovens ainda está em desenvolvimento e é mais suscetível aos efeitos negativos da nicotina. Podendo levar a dependência e afetar negativamente o seu desempenho acadêmico e habilidades cognitivas”, alerta a cardiologista. 

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