Mesmo considerando positiva a iniciativa do prefeito Mário Botion (PSD), que realizou reunião com entidades nesta quarta (26) para tratar da alta da Covid em Limeira-SP, a USTL (União Sindical dos Trabalhadores de Limeira) segue pedindo medidas mais restritivas contra a doença. Participaram da reunião na Prefeitura entidades representativas de trabalhadores e empresários do município.
“Importante que o prefeito busque o posicionamento das entidades representativas dos trabalhadores, das empresas e da sociedade sobre o tema. Mas não mudou nossa percepção de que devemos ser mais duros neste momento crítico”, opinou o presidente da USTL, Artur Bueno Júnior. Para ele, é preciso reavaliar a flexibilização do horário de funcionamento do comércio e serviços, sem descartar um possível lockdown. Além disso, ampliar a frota de ônibus do transporte coletivo, e suspender as aulas presenciais.
O presidente do Sinecol (Sindicato dos Comerciários de Limeira e Região), Paulo Cesar da Silva, representou a USTL na reunião. Além da União Sindical, o encontro contou com a Acil (Associação Comercial e Industrial de Limeira), Sicomércio (Sindicato do Comércio de Limeira), Sincaf (Sindicato Patronal das Indústrias da Construção de Limeira) e Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo).
Botion mencionou o índice de 100% dos leitos públicos ocupados e quase a totalidade dos leitos privados, mas reiterou que um lockdown está descartado no momento. Paulo Cesar da Silva citou as aglomerações nos ônibus do transporte coletivo, que estão com a frota reduzida – o prefeito argumentou que libero 80% do sistema nas ruas. “O momento é de muita preocupação, e ouvir as entidades pode ser um primeiro passo. Mas não creio que possamos passar por isto sem ampliar as medidas restritivas, como por exemplo aumentando a frota de ônibus e suspendendo as aulas presenciais”, pontuou.
CONSCIENTIZAÇÃO
O prefeito sugeriu às entidades que intensificassem a conscientização sobre as medidas sanitárias, nas empresas e entre os trabalhadores. Para Artur Bueno Júnior, todo trabalho de conscientização é importante, mas a medida é tardia pois o momento “é de resultados efetivos imediatos”. “Precisamos avaliar melhor as medidas de flexibilização colocadas pelo governo estadual. No início da semana, aumentamos a capacidade permitida em comércios e restaurantes de 30% para 40%, com os leitos 100% ocupados. Um verdadeiro contrassenso”, exclamou.
As entidades patronais se comprometeram a exigir dos associados que seus estabelecimentos sigam as regras sanitárias e exijam o uso de máscara, por exemplo. Após ouvir os presentes, Mário Botion anunciou que teria uma reunião com o Grupo Técnico da Covid nesta quinta (27), e outra com o Comitê da Covid na segunda (31). “Com ou sem lockdown, é preciso tomar medidas específicas para este momento crítico. Vem nova cepa aí, e a vacina segue a conta-gotas”, finalizou o presidente do Sinecol.
Participaram da reunião a vice-prefeita Erika Tank, o diretor de Vigilância em Saúde, Alexandre Ferrari, e o secretário de Saúde, Vitor Santos. Além, deles, o secretário Antonio Peres (Comunicação Social) e Tito Almirall (Desenvolvimento, Turismo e Inovação).