Em dez dias da nova estação, o outono registra uma precipitação acumulada de 41 milímetros de chuva em Limeira, de acordo com os dados do monitoramento pluviométrico do Rio Jaguari (captação) e da Estação de Tratamento de Água (ETA) do município. O índice de chuvas nesses primeiros dias de outono (que começou em 20 de março) está menor que o registrado no mesmo período do ano passado, quando a estação das frutas chegou trazendo 50 milímetros de chuva para a cidade.
A menor ocorrência de precipitações segue o padrão climático do último verão e confirma as previsões do boletim climatológico elaborado pelo Instituto Internacional de Pesquisa em Clima e Sociedade (IRI-CPC), que indica que as chuvas neste primeiro semestre do ano devem se manter abaixo da média.
Diante desse contexto, a BRK Ambiental, concessionária responsável pelos serviços de água e esgoto em Limeira, reforça as recomendações por um consumo consciente de água. “Janeiro e fevereiro registraram um índice pluviométrico 28% abaixo do registrado no mesmo período do ano passado. O volume de chuvas nesses primeiros meses do ano é fundamental para a manutenção dos níveis dos mananciais e para a recarga do lençol freático, o que contribui para a segurança hídrica nos meses de estiagem, especialmente no inverno e no segundo semestre”, esclarece Rogério Lima, gerente de operações da BRK Ambiental.
O verão mais seco de 2021 é explicado pela climatologia como consequência da influência do fenômeno La Ninã, que é capaz de modificar a distribuição de calor, a concentração de chuvas, aumentar a velocidade dos ventos, entre outras mudanças em diversas regiões do planeta. Resumidamente, o La Ninã provoca o esfriamento das águas do Oceano Pacífico. E, como consequência, a água evapora menos, formam-se menos nuvens e há menos precipitação.
De acordo com dados do Portal de Meteorologia do Climatempo, o outono deste ano deve apresentar volumes médios de chuva na região Sudeste em comparação com os meses de verão, podendo, inclusive, ficar abaixo da média histórica, enquanto as temperaturas tendem a ficar altas.
“A relação menos chuva e temperaturas altas tem impacto direto no sistema de abastecimento de água. Com menos chuva, os mananciais de captação tendem a ficar com níveis mais baixos. Com temperaturas mais altas, o consumo de água na cidade tende a ser mais elevado. Por isso, voltamos a reforçar a mensagem pelo uso consciente da água neste ano de 2021”, comenta o gerente.
Pequenas atitudes fazem uma grande diferença no uso e na preservação dos recursos hídricos. Na rotina de casa, nos afazeres domésticos, é possível evitar o desperdício usando a máquina de lavar na capacidade adequada para o volume de roupas, utilizar a água do tanque para lavar quintal e varanda, usar o balde para lavar calçadas e carros em vez de mangueira, molhar as plantas com um regador removível e econômico, de preferência no início da manhã ou à noite, fechar as torneiras ao escovar os dentes e ensaboar as louças e, principalmente, não demorar nos banhos.
A concessionária, além de manter um acompanhamento das chuvas e do monitoramento diário dos mananciais na cidade, que são o Rio Jaguari e o Ribeirão Pinhal, também tem reforçado suas ações de melhorias e investimentos em todo o sistema de água do município; medidas que têm papel fundamental num possível agravamento da disponibilidade hídrica durante o ano. “O domínio sobre o nosso sistema operacional e todos os investimentos realizados para ampliar a capacidade de reserva de água tratada, obras para a troca de redes, combate a vazamentos e, principalmente, a redução das perdas de água são de grande importância”, afirma Lima.