Limeira declara situação de emergência para evitar colapso no abastecimento de água

Pelo decreto a prefeitura fica autorizada a estabelecer restrições à utilização de água tratada para finalidades não essenciais e estabelecer rodízios e/ou interrupções temporárias no fornecimento de água, caso seja necessário


Por Redacao 019 Agora
Limeira declara situação de emergência para evitar colapso no abastecimento de água

Limeira declara situação de emergência para evitar colapso no abastecimento de água

Com o objetivo de se evitar o colapso no sistema de abastecimento de água em Limeira a administração municipal preparou decreto declarando situação de emergência na cidade como finalidade evitar o uso inadequado e o desperdício de água tratada.

O decreto assinado pelo prefeito Mario Botion será publicado na edição desta quarta-feira (29) do Jornal Oficial do Município.

O decreto 335/21, levou em consideração os seguintes aspectos: total ausência de chuvas nos últimos meses; volumes de água nos mananciais apresentam níveis inferiores aos limites prudenciais e necessários; e urgente necessidade de convocar a população para colaborar com medidas de contenção do consumo de água tratada.

A crise hídrica atinge várias regiões do país, em especial estados da região Sudeste.

“O momento é muito sério e é fundamental que a população colabore fazendo um uso racional e evitando desperdício da água.”, argumenta Mario Botion. “Estamos acompanhando com rigor todo esse cenário de crise hídrica por meio de uma comissão criada em junho”, observa.

Segundo o decreto, Limeira, por meio da Secretaria de Obras e Serviços Públicos, fica autorizado a estabelecer restrições à utilização de água tratada para finalidades não essenciais e estabelecer rodízios e/ou interrupções temporárias no fornecimento de água, caso seja necessário.

LEI E FISCALIZAÇÃO

O decreto prevê ainda autorização para que o município utilize-se da lei 5.460 de dezembro de 2014 – legislação criada à época e que estabelece com detalhes normas que devem ser seguidas em cenário de estiagem, como está ocorrendo atualmente.

A lei, por exemplo, menciona os casos de desperdício de água: lavar calçadas, passeios públicos, ruas ou quintais residenciais, comerciais ou industriais; lavar prédios, vidraças e janelas residenciais; manter torneiras, canos, conexões, válvulas, caixas d´água, reservatórios, tubos ou mangueiras eliminando água continuamente; e lavar veículos com uso contínuo de água.

Segundo a lei, a Prefeitura também terá que adotar medidas de contenção para utilização de água em espaços públicos, como praças, páteos de escolas, unidades de saúde e centros comunitários, entre outros.

Ainda apoiada na legislação já vigente, o município vai adotar fiscalização para se constatar a ocorrência de desperdício de água. A medida prevê ainda aplicação de penalidades. Porém, num momento inicial o objetivo do município é despertar consciência e orientar para o uso adequado da água.

AÇÕES

Em meio ao cenário, o município e a BRK Ambiental (concessionária responsável pelo sistema de água e esgoto do município), estão adotando ações com a finalidade de conter a médio e longo prazo efeitos gerados pela estiagem e crise hídrica como a que ocorre no momento.

A BRK, por exemplo, está concluindo um Plano Diretor de Água e Esgoto no município – instrumento que estabelecerá regramentos e parâmetros para esse setor. A BRK também está ampliando a reserva técnica nas bacias Tabajara e Pinhal, com a melhoria em seis represas. O município também iniciou estudos para a implantação de barragem no Ribeirão Pinhal. A Secretaria do Meio Ambiente e Agricultura está desenvolvendo o projeto Águas Claras com preservação da área de APP, com investimento de R$ 800 mil.

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