A Secretaria de Saúde da Prefeitura de Limeira inicia 2023 com a campanha Janeiro Roxo, que prevê a conscientização sobre a hanseníase, doença infectocontagiosa, causada pelo Bacilo de Hansen. Quando não tratada, atinge pele e nervos, podendo causar incapacidades físicas e evoluir para deformidades.
Durante o período, as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) irão desenvolver ações para alertar a população sobre os sintomas, diagnóstico e tratamento da hanseníase.
Além das atividades educativas, as UBSs Nova Suíça, Campo Belo, Belinha Ometto 3 e Odécio Degan farão a busca ativa de casos, entre os pacientes atendidos pelas unidades.
HANSENÍASE
Primeiramente, os sinais da doença são manchas avermelhadas, esbranquiçadas ou amarronzadas na pele.
Em algumas áreas, ocorre perda ou ausência de sensibilidade ao calor, à dor e ao tato e sensação de formigamento ou dormência. Também é possível observar queda de pelos, especialmente nas sobrancelhas, e ressecamento da pele, com ausência de suor.
SINTOMAS DA HANSENÍASE
Alguns pacientes ainda relatam dor e sensação de choque, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços e das pernas. Bem como inchaço de mãos e pés.
Nos quadros mais graves, no entanto, há diminuição da força dos músculos das mãos, pés e face, úlceras nas pernas e nos pés. E, ainda, nódulos avermelhados e doloridos no corpo.
“Toda pessoa que apresentar sintomas e sinais descritos deve procurar a UBS mais próxima para receber orientação e encaminhamento”. Salientou a enfermeira e chefe da Atenção Básica de Saúde, Denise Ferro.
CONTÁGIO DA HANSENÍASE
O contágio se dá, portanto, pelas vias respiratórias, por meio de gotículas eliminadas no ar pela tosse, pela fala e pelo espirro de uma pessoa contaminada.
Já a prevenção envolve o diagnóstico precoce e tratamento dos pacientes. Além da investigação de pessoas que residem ou já residiram com pacientes acometidos pela doença.
TRATAMENTO
O tratamento é ofertado gratuitamente pela rede municipal de saúde e pode durar de 6 meses a 1 ano, dependendo da forma em que se apresenta a doença.
O serviço de referência para pacientes com hanseníase é a Policlínica, que abriga um ambulatório médico, com especialistas, fisioterapeutas e dispensação de medicamentos.
CASOS
Neste ano, foram registrados quatro casos da doença, contra oito no ano passado, cinco em 2020 e 12 em 2019.
Apesar da tendência de queda, os casos, quando chegam aos serviços de saúde, já apresentam formas avançadas da enfermidade. Situação que reforça, portanto, a necessidade do diagnóstico precoce”, alertou a diretora de Vigilância em Saúde, Renata Martins.