Feriadão de abril impulsiona faturamento de bares e restaurantes na RMC
Abrasel prevê aumento de até 20% nas vendas durante o período

De acordo com uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), 71% dos empresários da Região Metropolitana de Campinas (RMC) esperam um aumento no faturamento durante o feriado prolongado de abril, em comparação com a Semana Santa do ano passado. Para a maioria, o incremento deve variar entre 5% e 20%.
Feriadão impulsiona faturamento de bares e restaurantes na RMC
A pesquisa também destacou oscilações no desempenho financeiro das empresas. Em fevereiro, 30% dos negócios operaram com lucro, enquanto outros 30% fecharam o mês no prejuízo e 39% registraram equilíbrio. Esses números representam uma piora em relação a janeiro, quando 36% das empresas eram lucrativas e apenas 25% operavam com prejuízo.
“É natural que o faturamento tenha sofrido queda em relação a janeiro, um mês tradicionalmente positivo para o setor. No entanto, a expectativa é de que os negócios tenham conseguido equilibrar as contas em março, impulsionados pelo Carnaval, e que esse movimento continue nos próximos meses, com datas estratégicas como a Páscoa, o Dia das Mães e o Dia dos Namorados”, analisa André Mandetta, presidente da Abrasel Regional Campinas.
Desafios e oportunidades
Paulo Solmucci, presidente-executivo da Abrasel, destaca que o feriado representa uma oportunidade crucial para os negócios se reequilibrarem. “O setor ainda enfrenta desafios notáveis, com mais de dois terços das empresas operando sem lucro, mas há sinais positivos. As datas sazonais, como o feriado prolongado de Páscoa, representam oportunidades de fortalecimento para muitas empresas que operam no limite”, afirma.
Reajuste e endividamento
Com o aumento nos custos operacionais, muitos empresários enfrentam dificuldades para reajustar os preços dos cardápios. Segundo o levantamento, 32% dos estabelecimentos não conseguiram realizar qualquer reajuste, 59% reajustaram conforme ou abaixo da inflação, e apenas 9% aumentaram acima desse índice.
A pesquisa também apontou o nível de endividamento entre os negócios. Atualmente, 39% dos estabelecimentos possuem pagamentos em atraso, com os principais débitos sendo impostos federais (74%), impostos estaduais (52%) e empréstimos bancários (37%).