Três suspeitos foram presos por roubo a joalherias no Parque Dom Pedro Shopping na noite do sábado (25), em Campinas. Um quarto suspeito morreu baleado.
As prisões aconteceram em Paulínia (SP), onde uma mulher que foi feita refém na saída do Parque Dom Pedro Shopping foi liberada. E em Atibaia (SP), quando o suspeito que morreu deu entrada na Santa Casa.
Um casal que estava com ele foi detido. As prisões foram feitas pelas guardas civis municipais de Paulínia e Atibaia.
De acordo com a Polícia Militar, os assaltantes renderam funcionários das joalherias e conseguiram pegar produtos. Na fuga, eles deixaram cair uma sacola com joias.
AS PRISÕES
A GCM de Paulínia abordou um suspeito, de 39 anos, após receber a informação de que uma mulher, feita refém por dois homens na saída do shopping, foi liberada próximo ao bairro Betel. Com as informações, os policiais encontraram um dos suspeitos em um bar.
O homem abordado estava com a chave de HB20 que depois foi localizado próximo ao shopping. Dentro do carro encontraram seus documentos. O comparsa do suspeito não foi encontrado.
Enquanto a prisão era apresentada em Paulínia, a GCM recebeu a informação de que outros três suspeitos apareceram em Atibaia. Um deles, um homem de 42 anos com um ferimento a bala no abdome, morreu na Santa Casa.
A Guarda Municipal de Atibaia foi ao hospital e encontrou um rapaz de 29 anos e uma mulher de 25 anos que estavam com o homem morto.
O jovem admitiu participação no crime e apontou que deixou um GM Ônix, perto do Parque Dom Pedro Shopping.
A polícia identificou que tanto o Ônix quando o HB20 percorreram rodovias paulistas da capital até o shopping.
Um Jeep Renegade, que foi usado pelo casal para chegar em Atibaia, também foi apreendido. Nele, os guardas acharam uma arma suja de sangue debaixo do banco do passageiro dianteiro.
O ROUBO
Um tiroteio em um dos maiores shoppings da região de Campinas, interior de São Paulo, deixou dois seguranças ferido e clientes em pânico na noite deste sábado (25).
Segundo informações da Polícia Militar e de funcionários de lojas do Parque Dom Pedro Shopping, os criminosos chegaram fortemente armados e invadiram duas joalherias, próximas à praça de alimentação.
O crime aconteceu por volta das 20h no centro de compras, que fica às margens da rodovia Dom Pedro, que liga a cidade ao litoral norte.
Seguranças do estabelecimento trocaram tiros com os bandidos. Ao menos seis disparos foram ouvidos.
Imagens de câmera de segurança obtidas pelo UOL mostram um funcionária sendo obrigada a colocar joias em uma sacola. Um homem aparece na gravação com um fuzil.
O vidro de uma loja de telefones celulares, que fica em direção à saída do estabelecimento, foi estilhaçado com os disparos. Os criminosos fugiram.
Um vídeo postado no YouTube por um cliente mostra a praça de alimentação completamente vazia após o tiroteio. No Twitter, moradores e frequentadores também publicaram mensagens, muitos sem entender o que estava acontecendo.
O shopping é o maior da cidade de Campinas e é frequentado, aos sábados, por milhares de pessoas. Procurado por UOL, o centro de compras disse em nota que “os envolvidos fugiram após assalto e nenhum cliente ficou ferido”. “O shopping colabora com as investigações e reabrirá amanhã normalmente”, complementou o shopping na manifestação à imprensa.
Em um segundo contato com o UOL, a assessoria do shopping informou que os seguranças feridos foram atingidos por tiros de raspão.
Os dois seguranças foram levados ao Hospital de Clínicas da Unicamp, que fica a poucos quilômetros do shopping. Segundo a unidade de saúde, eles tiveram ferimentos nas pernas, e passam bem. Eles devem ter alta neste domingo.
MOMENTOS DE DESPERO
Na hora do tiroteio, o técnico em manutenção Lucas Ribeiro estava na praça de alimentação e só pensou em correr e salvar a mulher e o filho.
“Foi um barulho muito forte. Corremos para dentro de uma lanchonete e nos escondemos”, contou.
O analista de sistemas Bene Junior disse que estava chegando próximo a um restaurante, que fica em outra entrada do shopping, quando viu a correria.
“Todo mundo desesperado procurando as saídas, pessoas quebrando as cancelas para sair com os carros. Um desespero”, afirmou.
Funcionária de uma das lojas do shopping, a atendente Rosana Lima ficou em choque com a ação. “Foi muito ousado. Eles entraram em um momento que o shopping estava cheio. Ouvi os tiros e me escondi no estoque. Vários clientes entraram na sequência”, afirmou.