Com um leito livre para Covid, Campinas anuncia reativação de hospital de campanha

Campinas é a terceira cidade paulista com maior número de mortes por Covid (1.975), atrás de Guarulhos (2.162) e da capital (19.300)


Por Folhapress
Com um leito livre para Covid, Campinas anuncia reativação de hospital de campanha

Campinas é a terceira cidade paulista com maior número de mortes por Covid (1.975), atrás de Guarulhos (2.162) e da capital (19.300)

Com apenas um leito disponível para pacientes com Covid-19 na rede pública municipal e 100% da rede estadual ocupada, Campinas anunciou nesta quarta-feira (10) a reativação do hospital de campanha para conseguir lidar com o fluxo de internações.


Segundo o prefeito Dário Saadi (Republicanos), há cem pacientes em fila de espera por leitos –70 para terapia intensiva e 30 para enfermaria. Sede do departamento regional de saúde, Campinas é destino de pacientes de outros municípios menores.


Na rede particular, a ocupação é de 89,6%, com 19 vagas -não há especificação sobre quantas são de enfermaria e de UTI.


Campinas é a terceira cidade paulista com maior número de mortes por Covid (1.975), atrás de Guarulhos (2.162) e da capital (19.300).


O colapso acontece mesmo depois de a prefeitura ter incorporado 106 novos leitos para Covid desde 4 de janeiro -um aumento de 46,9%. Até quinta (11), a rede municipal deve ganhar mais 12 vagas de enfermaria e dez de UTI. Já o hospital de campanha terá 36 leitos de retaguarda, para atender pacientes de menor gravidade, mas não estará pronto antes de três semanas.


“Hoje já estamos vivendo uma situação dramática, a mais difícil da pandemia. Sem dúvida, a variante de Manaus está circulando em Campinas, pela velocidade da transmissão do vírus que estamos vendo”, disse Saadi.


“Estamos com cem pacientes em fila de espera para leitos e continuamos vendo pessoas sem máscaras, participando de festas, aglomerando. Estamos fazendo grande esforço para ampliar leitos. Mesmo com todas as dificuldades, ninguém está desassistido. Quem espera por internação está em leitos de retaguarda, com toda a assistência, inclusive de oxigênio”, acrescentou.


“Eu faço aqui um apelo para que a população nos ajude a reduzir a taxa de transmissão e o número de casos. Vamos evitar aglomeração, usar máscara e tomar todos os cuidados necessários. Quem descumpre as normas sanitárias está prejudicando toda a população.”


A prefeitura também anunciou mudanças no atendimento a pacientes com Covid. Uma delas é disponibilizar cerca de 200 concentradores de oxigênio para doentes que estão em condições de ter alta dos hospitais mas precisam de suporte de oxigênio por mais alguns dias.


“Vamos organizar o encaminhamento, instalar o concentrador de oxigênio na casa dos pacientes”, disse o secretário de Saúde, Lair Zambon.


Além disso, três centros de saúde vão passar a atender exclusivamente pacientes sintomáticos para descongestionar os hospitais municipais.


“É uma nova estratégia para otimizar recursos humanos e leitos. Estamos fazendo o possível para aumentar a rede de atendimento, mas não temos como ampliar indefinidamente a estrutura”, disse Saadi.

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