Alerta de Febre Amarela na Região Metropolitana de Campinas

A região metropolitana de Campinas está em estado de alerta com o aumento dos casos de febre amarela registrado no início de 2025. A situação é particularmente preocupante no distrito de Sousas, em Campinas, onde dois casos humanos foram confirmados, destacando a necessidade de ações preventivas urgentes.

Casos confirmados

No dia 18 de fevereiro de 2025, as autoridades de saúde confirmaram o segundo caso de febre amarela em Campinas. O paciente, um homem de 55 anos, residente de Sousas, contraiu a doença, mas conseguiu se recuperar após tratamento hospitalar. Este caso segue uma ocorrência trágica, onde um outro homem, de 39 anos — também residente da região — faleceu devido à febre amarela em 3 de fevereiro. Ambos os pacientes não haviam registrado vacinação prévia contra a doença, ressaltando a importância vital da imunização.

Risco em Sousas

Sousas se destaca como uma área de risco elevado devido à sua proximidade com matas. Em 2 de fevereiro, a morte de um macaco próximo ao Rio Atibaia disparou o alerta entre as autoridades. Exames confirmaram que o primata estava infectado pelo vírus da febre amarela. Macacos, embora não transmitam a doença, atuam como sentinelas, indicando a circulação do vírus nas áreas florestais vizinhas.

Medidas de vacinação intensas

Em resposta ao risco, a Prefeitura de Campinas intensificou as campanhas de vacinação dirigidas, especialmente em Sousas. Atividades de busca ativa pelas equipes de saúde resultaram em mais de 2 mil pessoas vacinadas até 15 de fevereiro. A ação mobiliza 22 centros de saúde e deve ser expandida com a inclusão de outras quatro unidades. Esta estratégia tem foco em imunização casa a casa.

Recomendações e medidas preventivas

A vacinação se coloca como a principal medida preventiva contra a febre amarela. As autoridades recomendam fortemente que todos os moradores de áreas de risco, como Sousas, além de viajantes para regiões endêmicas, garantam sua vacinação. A eliminação de criadouros de mosquitos e o uso de repelentes são estratégias complementares cruciais.

Contexto amplo

]Campinas não está só. Outras regiões do estado de São Paulo, como Ribeirão Preto, Barretos, Bauru e Osasco, também estão sob alerta. O governo estadual reforça continuamente a necessidade de vacinação e monitoramento, sobretudo em primatas não humanos. A febre amarela silvestre, transmitida pelos mosquitos Haemagogus e Sabethes, pode causar de febre e cefaléia a quadros mais severos de hemorragia e insuficiência orgânica.

Observação: Estas informações refletem o cenário até 20 de fevereiro de 2025. Recomenda-se o acompanhamento regular através de canais oficiais de saúde para novas diretrizes e atualizações sobre a febre amarela. Para vacinação e mais detalhes, moradores são estimulados a contatar a unidade de saúde mais próxima ou consultar o site da Prefeitura de Campinas.

A luta contra a febre amarela deve contar com a crescente cooperação dos cidadãos e esforços contínuos das autoridades para prevenir surtos maiores na região.