23 de novembro de 2024

Celera Fibras, empresa de Campinas, participa da construção do MSG Sphere, em Las Vegas

Com sede em Campinas (SP), companhia forneceu cerca de 5 milhões de componentes para garantir o controle de calor e a qualidade da iluminação do empreendimento


Por Redacao 019 Agora Publicado 29/09/2023
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Celera Fibras, empresa de Campinas, participa da construção do MSG Sphere, em Las Vegas
Com sede em Campinas (SP), companhia forneceu cerca de 5 milhões de componentes para garantir o controle de calor e a qualidade da iluminação do empreendimento

Classificada por Bono Vox, do U2, como sendo ‘o maior empreendimento para o entretenimento humano desde o Coliseu”, a MSG Sphere, será o maior edifício redondo do mundo destinado a shows e eventos esportivos.

Com capacidade para 17.500 expectadores, a futurística estrutura em formato de bola tem 112 metros de altura, 156 de largura, revestida por 1,2 milhões de telas LED, que reproduzem imagens perfeitas de projeções de altíssima resolução.

O empreendimento do grupo Madison Square Garden, com inauguração oficial acontece nesta sexta-feira (29), teve investimento de cerca de R$ 9,75 bilhões e foi erguido por um pool de empresas contratadas pela MSG Sphere. Dentre elas uma única companhia brasileira, a Celera, com sede em Campinas (SP), e que também conta com uma unidade nos Estados Unidos.

Celera Fibras, de Campinas, participa da construção do MSG Sphere, em Las Vegas

A Celera é uma empresa focada em pesquisas, fabricação e comercialização de materiais avançados para diversos segmentos da indústria, com atuação no Brasil e no exterior.

Concorrendo com gigantes multinacionais,  o fabricante canadense responsável pelo fornecimento dos painéis de LED escolheu a Celera. Para desenvolver e fornecer dois componentes, em grafite e em silicone, em função do seu know-how no desenvolvimento de tecnologias voltadas à absorção, condução, controle bem como a dissipação de calor.

“Nós elevamos a performance térmica e mecânica dos materiais, garantindo total intensidade e qualidade de brilho para esse gigantesco projeto. Além da confiabilidade no controle de calor, os ajustes atuam de forma a evitar falhas”, conta Alex Chaves de Souza, CEO da Celera Fibras.

Alex Chaves de Souza, CEO da Celera Fibras
Alex Chaves de Souza, CEO da Celera Fibras

“Desenvolvemos toda a pesquisa e um trabalho customizado para o cliente, entregando peças que garantem a qualidade das luzes, mantendo a alta confiabilidade nas imagens dos telões internos e externos do empreendimento”, acrescenta.

Além de desenvolver os componentes de controle térmico inseridos no interior dos módulos de LED, a Celera teve outro grande desafio. A produção e entrega dentro do prazo estabelecido, sem atrasos.

“Abrimos uma unidade na Flórida, nos Estados Unidos para ficarmos mais próximos da gigantesca logística dos processos, garantir a entrega de produtos com 100% de qualidade e ficar no meio entre Campinas e Vancouver. E, assim, aproveitamos para alavancar nossa presença nos Estados Unidos”, acrescenta Souza.

Desenvolvimento

As duas peças desenvolvidas e produzidas pela Celera são vitais para a garantia da qualidade da luminosidade dos telões, das imagens projetadas e da segurança. Daí, portanto, a escolha dos materiais como grafite e manta de silicone. Eles garantem a absorção, condução assim como a dissipação do calor de forma uniforme e em alta performance.

Mesmo em condições extremas, como as altas temperaturas registradas no deserto de Nevada, onde fica Las Vegas.  

“Ao todo, fabricamos e entregamos cerca de 5 milhões de peças em um prazo de um ano. Cinco vezes maior que o volume que produzimos para vários setores em um mesmo período”, afirma Souza.

Satisfação

O CEO da Celera conta que foi uma enorme satisfação participar desse projeto “grandioso e pioneiro no mundo”.

“Somos a única empresa 100% brasileira presente nesse empreendimento. Oque foi uma surpresa, não propriamente pela qualidade de nossos produtos e expertise. Mas sim em razão de estarmos, como muitos acreditam, na periferia da dianteira tecnológica mundial, afirma.

“Isso mostra que a cadeia de Pesquisa & Desenvolvimento nacional é altamente capacitada. E está pronta, portanto, para fazer parte de grandes projetos em todo o mundo”, completa.