Cidadania italiana facilita ingresso em universidades
Uma pesquisa revelou que a maioria (60%) dos estudantes brasileiros deseja estudar fora do país. O estudo foi realizado pela BMI (Business Marketing International), empresa organizadora do Salão do Estudante, um dos maiores eventos de educação internacional da América Latina.
Neste cenário, segundo Lilian Ferro, CEO da Simonato Cidadania – consultoria para o reconhecimento de cidadania italiana -, a obtenção da cidadania italiana pode alterar os mecanismos de ingresso em universidades europeias, descomplicando a conquista dos estudantes brasileiros que têm esse objetivo.
“Quem tem cidadania italiana pode estudar em uma universidade a custo mínimo por ser cidadão europeu. Já para os demais, é requerido visto para universidade e comprovação de renda para custear os estudos integralmente”, explica.
Segundo estimativas da embaixada italiana no Brasil, o país possui cerca de 25 milhões de ítalo-descendentes. Resultado disso, o país é hoje a nação com o maior número de descendentes fora da Itália. Dados do Eurostat, gabinete de estatísticas da UE (União Europeia), mostram que 729 mil pessoas obtiveram a cidadania em um Estado-membro da UE em 2020, um avanço de 3% em relação ao ano anterior – 24 mil brasileiros. Dentre os candidatos, 19,6% entraram com o pedido de cidadania italiana.
Estudantes com cidadania europeia gastam menos
A CEO da Simonato Cidadania chama a atenção para os gastos que brasileiros com cidadania italiana deixam de ter ao ingressar em uma universidade na Europa que os brasileiros natos têm que dispender. Em linhas gerais, um estudante europeu gasta, em média, 3 mil euros (R$ 15,51 mil) por ano na faculdade, enquanto um estudante estrangeiro gasta cerca de 40 mil euros (R$ 206,75 mil) por ano de faculdade.
“O primeiro ponto é a permanência no país: um estudante de universidade não europeu terá um visto que vai competir com seu tempo de estudo. Ele irá custear todas as matérias por valores integrais, terá que comprovar a renda em conta adiantada de todo o período”, afirma.
Portanto, prossegue, se o visto é de quatro anos, o mesmo terá que provar em conta o valor em euro dos anos de estudo. “Vale lembrar que o visto é atrelado à universidade escolhida, não possibilitando a troca, e que boa parte dos vistos de estudo para universidade não permitem trabalhar. Com isso, o estudante precisa ser subsidiado ou já ter essa reserva”, conclui Ferro.
Para mais informações, basta acessar: https://www.simonatocidadania.com.br/