Alunos da rede estadual da região de Campinas retornam presencialmente para as aulas
Coordenador pedagógico da Educação de SP acompanhou a volta na Escola Estadual Professor Djalma Octaviano; atividades em municípios onde não há autorização para funcionamento das escolas seguem pelo Centro de Mídias SP
As aulas do 2º semestre retornaram nesta segunda-feira (2) para 497 mil estudantes da rede estadual da região de Campinas. Em todo estado, são 3,5 milhões de alunos na rede. Destes, 97%, que estudam em municípios onde há autorização, podem comparecer presencialmente nas escolas estaduais. Nesta manhã, o coordenadorr do pedagógico da Educação de SP, Caetano Siqueia, acompanhou a volta Escola Estadual Professor Djalma Octaviano, em Campinas.
A nova fase é marcada pela ampliação da capacidade de atendimento das escolas, tendo como base as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS). Assim, as unidades passarão a atender os estudantes de forma presencial de acordo com sua capacidade física, e não mais apenas seguindo a porcentagem de ocupação indicada no Plano SP, respeitando o distanciamento mínimo de 1 metro entre as pessoas.
“A presença estudantil vai depender do tamanho da escola e da quantidade de estudantes. Algumas escolas, em razão do tamanho físico, vão conseguir receber 100% dos estudantes, sempre respeitando a distância de 1 metro entre eles na sala de aula. A presença, neste momento, não é obrigatória, mas a família que não quiser liberar o estudante tem que avisar a escola e garantir o cumprimento das aulas online”, explicou Caetano Siqueira.
Apesar dos esforços e diálogo da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP), 68 municípios ainda têm decretos que impedem o retorno presencial até o dia 6 de agosto. Por isso, cerca de 91 mil estudantes em 194 escolas (4% da rede) ainda não poderão retornar às aulas presenciais. Estes alunos seguem acompanhando as aulas pelo Centro de Mídias de SP. O ano letivo se encerra em 23 de dezembro para toda a rede.
Para garantir a segurança e ampliação do retorno às aulas presenciais, bem como a viabilização do ensino mediado por tecnologia no contexto da pandemia, a Seduc-SP realizou uma série de investimentos, como o Conecta Educação, Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE-SP) e também em itens de segurança e higiene.
“As escolas estão equipadas com álcool em gel, mascaras e aferimento de temperatura, seguindo todos os protocolos. Hoje, a escola é um espaço de relações afetivas e pedagógicas”, afirmou o dirigente de ensino da região Campinas Leste Nivaldo Vicente.
No Conecta Educação foram R$ 1,5 bilhão investido para renovar o parque tecnológico das escolas com desktops, notebooks, tablets, chips de internet, TVs, plataformas de carregamento móvel e outros itens. Já o PDDE-SP é um programa guarda-chuva, que, a partir de eixos, permite às escolas realizar compras e investimentos específicos de maneira rápida e adequada às suas realidades. Mais de 1,5 bilhão já foi enviado às escolas estaduais até o momento.
Ainda foram adquiridos pela Seduc-SP EPIs e itens de higiene pela que podem ser complementados pelas escolas com recursos do PDDE-SP. No total, foram:
• 108 mil litros de sabonete líquido
• 182 milhões folhas de papel
• 228,3 mil litros de álcool em gel
• 6 milhões de rolos de papel higiênico
• 12 milhões de máscaras de tecido
• 23,7 milhões de copos descartáveis
• Outros quantitativos dos itens e face shields foram adquiridos em 2020
O uso de máscaras continua obrigatório dentro das escolas e também durante o percurso de ida e volta. Ao adentrarem nas unidades, todas as pessoas terão a temperatura aferida e, caso esteja acima de 37,5 graus, será orientado o retorno para casa. Os protocolos também incluem higienização frequente das mãos com água e sabão ou álcool em gel 70% e dos ambientes e ambientes arejados com portas e janelas abertas.
“A retomada das aulas é importante, dentro dos protocolos de segurança, principalmente pelo fato de ter um contato mais próximo com alunos, pois as aulas online no final das contas distanciaram um pouco mais a gente”, avaliou a professora de língua portuguesa da unidade Geni Bonture.
Todos os estudantes que não possuam atestado de comorbidade serão orientados a frequentar presencialmente a escola. Caso o estudante/família opte em permanecer apenas com as aulas remotas pelo Centro de Mídias SP e outras atividades propostas pelas escolas, o responsável legal deverá comunicar por escrito a unidade e se comprometer a manter a frequência digital do aluno.
“Com esse retorno, eu espero ter a experiência do terceiro ano que eu não consegui ter desde o início do ano e aproveitar o máximo possível”, disse a estudante Caroline Correia.
Todos os servidores da rede estadual voltarão às atividades presenciais, sem revezamento. Os que pertencem aos grupos de risco só irão retornar 14 dias após a aplicação da segunda dose ou da dose única da vacina contra a Covid-19. Os servidores e colaboradores que, por escolha pessoal, optarem por não se vacinar dentro do calendário local também deverão retornar.
Casos suspeitos e confirmados de Covid-19 de funcionários ou alunos que compareceram presencialmente deverão ser registrados no Sistema de Informação e Monitoramento da Educação (SIMED).
Os contactantes, ou seja, todas as pessoas dentro da escola que estiveram a menos de um metro do infectado por pelo menos 15 minutos, deverão ser identificados e também registrados no SIMED, devendo cumprir o isolamento conforme protocolo.
A investigação epidemiológica e determinação da interrupção temporária das atividades presenciais da turma, turno ou total da respectiva unidade escolar cabe à Vigilância em Saúde local.
Vacinação
Parte importante, porém não condicional do movimento para o retorno seguro das aulas presenciais, a vacinação dos profissionais da Educação Básica já imunizou com a primeira dose ou dose única quase 910 mil trabalhadores das redes estadual, federal, municipais e particular do estado de São Paulo. Sendo que, destes, quase 340 mil já estão com o esquema vacinal completo (duas doses ou dose única).
Ainda no dia 18 de agosto, adolescentes com comorbidades, gestante e puérperas, de 12 a 17 anos, poderão se vacinar em todo o Estado de São Paulo. Para o público geral desta faixa etária, a imunização começa a partir do dia 30 e segue até 12 de setembro.