23 de novembro de 2024

Cidades da região de Campinas terão barreiras sanitárias durante feriado em São Paulo

As barreiras ficarão nas entradas das cidades e os motoristas serão abordados pela Guarda Municipal ou Polícia Militar para informar sobre a real necessidade do deslocamento.


Por Redacao 019 Agora Publicado 24/03/2021
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Campinas e outras 19 cidades da sua região farão barreiras sanitárias em pontos estratégicos dos municípios para evitar a entrada de turistas durante o feriado antecipado na capital paulista.


A medida foi aprovada na manhã desta quarta-feira (24) e terá início na sexta (26).


Os prefeitos decidiram pela medida inédita por receio de que paulistanos viajassem para as cidades, já que municípios da Baixada Santista e de outros locais do interior decretaram lockdown.


As barreiras ficarão nas entradas das cidades e os motoristas serão abordados pela Guarda Municipal ou Polícia Militar para informar sobre a real necessidade do deslocamento.


“Todos os municípios da RMC [Região Metropolitana de Campinas] estão procurando adotar medidas conjuntas para que as ações tenham maior amplitude”, disse Dário Saadi (Republicanos), prefeito de Campinas.


Na semana passada, os prefeitos da região rejeitaram decretar lockdown. No entanto, eles optaram por punições mais severas para quem desrespeitar o toque de recolher. Nos municípios, festas familiares que reúnam mais de dez pessoas estão sujeitas à aplicação de multas, e o dono da casa, a até pelo menos um mês de detenção.


Supermercados, padarias, lojas de conveniência e drive-thru não podem funcionar das 20h às 5h. Neste período, só está autorizado o funcionamento de serviços de delivery, farmácias e postos de gasolina.


Nesta quarta, Campinas estava com 95,2% dos leitos de UTI ocupados. A cidade tem 203 pacientes adultos aguardando vaga de internação por síndrome respiratória aguda.


O prefeito Bruno Covas (PSDB) decidiu adiantar cinco feriados na capital para diminuir a circulação de pessoas na cidade e frear a disseminação da Covid-19. Com a medida, a cidade ficará em recesso de sexta (26) até 4 de abril.
A decisão fez com que Covas e o governador João Doria (PSDB) se desentendessem, já que há medo de que o feriado ampliado leve a uma onda de viagens pelo estado.


“Há certas decisões que o bom senso recomenda que sejam compartilhadas previamente com o governo dado ao fato de que a decisão de uma cidade muitas vezes implica em impactos nas cidades vizinhas”, disse Doria após o anúncio de Covas.


Para evitar o deslocamento de moradores da capital para o litoral, o governador anunciou a suspensão da operação descida do sistema Anchieta-Imigrantes.