Saúde de Campinas decide suspender as cirurgias eletivas e avalia lockdown
Uma força-tarefa, montada entre os participantes da reunião, vai avaliar a situação da pandemia dia a dia e as dificuldades no atendimento à população.
O prefeito de Campinas, Dário Saadi, anunciou na tarde desta segunda-feira, dia 15 de março, a suspensão de cirurgias eletivas em hospitais privados, em razão do agravamento da pandemia de Covid-19 na cidade.
A medida deve valer a partir da quarta-feira, 17 de março. A exceção serão as cirurgias oncológicas e cardiológicas.
Uma comissão interna de cada hospital vai autorizar ou não cirurgias consideradas essenciais. Na rede pública municipal, as cirurgias eletivas já estavam suspensas.
A decisão foi tomada durante reunião no Salão Vermelho da Prefeitura, com representantes de hospitais públicos e privados, com exceção do Hospital de Clínicas da Unicamp, cuja direção foi convidada, mas não compareceu, e de planos de saúde.
Outro tema discutido foi o endurecimento de medidas restritivas na cidade, como o lockdown. Uma força-tarefa, montada entre os participantes da reunião, vai avaliar a situação da pandemia dia a dia e as dificuldades no atendimento à população.
Todos foram unânimes em reconhecer o momento gravíssimo da pandemia.
Dário Saadi deve se reunir, virtualmente, amanhã (terça-feira) pela manhã com os prefeitos de cidades da Região Metropolitana de Campinas para discutir as medidas mais restritivas.
O prefeito cobrou agilidade do Governo do Estado para disponibilizar os 20 leitos de UTI no Ambulatório Médico de Especialidades (AME), já anunciados pelo Estado, e a urgente ampliação de leitos de UTI e de enfermaria no HC da Unicamp.
Saadi também se solidarizou com as famílias das mais de duas mil vítimas da Covid-19 em Campinas, marca registrada durante o último final de semana. Além do prefeito, participaram da reunião o secretário municipal de Saúde, Lair Zambon; o presidente da Rede Mário Gatti, Sérgio Bisogni; a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa), Andrea von Zuben; a diretora de Saúde, Deise Hadich; presidentes e superintendentes de 12 hospitais privados e de planos de saúde.